Filme de Gabriel Abrantes entre os 15 nomeados para melhor curta-metragem europeia

Os Humores Artificiais foi escolhido pelo Festival de Cinema de Berlim, cidade que vai acolher a gala da Academia Europeia de Cinema a 9 de Dezembro.

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Os Humores Artificiais integrou a representação portuguesa na última Bienal de Arte de São Paulo DR

A curta-metragem Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes, prémio de melhor realização no último Curtas Vila do Conde, é um dos 15 projectos nomeados para Melhor Curta-metragem Europeia de 2017, numa lista divulgada pela Academia Europeia de Cinema esta semana.

Os Humores Artificiais, que integrou a selecção portuguesa na Bienal de Artes de São Paulo do ano passado, foi eleito, em Fevereiro, pelo júri do Festival Internacional de Cinema de Berlim, juntando-se a outras 14 curtas-metragens candidatas ao galardão da categoria criada em 1998, a ser entregue numa cerimónia marcada para 9 de Dezembro, na capital alemã.

Entre os nomeados está também Los Desheredados, da realizadora espanhola Laura Ferrés, escolhido pelo Curtas Vila do Conde, que se apresenta como uma tentativa de "construir um imaginário da crise económica violenta que se abateu nos países do sul da Europa nos anos recentes", conforme descrito pelos organizadores do festival português.

Segundo o site do festival de Berlim, o trabalho de Gabriel Abrantes narra a união de uma indígena comediante da Amazónia com um robot, colocando em questão o sentido de humor de diversos grupos indígenas, em contraste com o progresso e a inteligência artificial.

Esta é a segunda vez que Gabriel Abrantes é apontado para um prémio da Academia Europeia de Cinema, depois de ter sido nomeado com o filme Taprobana, em 2014.

Os Humores Artificiais compete com filmes como Timecode, de Juanjo Giménez (escolha do Festival de Ghent), Love, de Réka Bucsi (Festival de Uppsala); Fight on a Swedish Beach, de Simon Vahlne (Festival de Valladolid); The Party, de Andrea Harkin (Festival de Cork); Information Skies, de Metahaven (Festival de Roterdão); Wannabe, de Jannis Lenz (Festival de Clermont-Ferrand); ou Written/Unwritten, de Adrian Silisteanu (Festival de Tampere).

Na lista dos 15 nomeados para melhor curta europeia está ainda En la Boca, de Matteo Gariglio (Festival de Cracóvia); Jeunes Hommes à La Fenêtre, de Loukianos Moshonas (Festival de Locarno); Copa-Loca, de Christos Massalas (Festival de Sarajevo); Gros Chágrin, de Céline Devaux (Festival de Veneza); Ugly, de Redbear Easterman & Nikita Diakur (Festival de Bristol); e The Circle, de Rûken Tekes (Festival de Drama, na Grécia).

Como recorda o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), "da lista de filmes até ao momento anunciados em competição na 30.ª edição dos EFA consta ainda A Fábrica de Nada, de Pedro Pinho – actualmente em exibição nas salas portuguesas – que concorre, com mais 50 obras de 31 países, para o prémio de melhor longa-metragem europeia".

Os vencedores vão ser escolhidos pelos mais de três mil membros da Academia Europeia de Cinema.

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