Formas alternativas de teclar

Nem todos os teclados têm de ser um rectângulo de plástico ou metal. Há opções para muitos gostos.

Foto
Há teclados fora da norma mais conhecida nas últimas décadas NEG NELSON GARRIDO

Há um problema comum a todos os teclados: não foram criados a pensar na saúde do utilizador. Desde os anos 1990 que há estudos sobre como o teclado comum está associado a dores musculares após um uso prolongado. Isto porque os teclados tradicionais obrigam os pulsos das pessoas a virarem-se para dentro (numa posição que por vezes se assemelha a ter as mãos algemadas), de forma pouco natural quando escrevemos. Com a passagem dos anos, a evolução não chegou à maioria dos teclados. Mas há propostas para quem quer uma alternativa.

O que se adapta

Uma das grandes vantagens do Ergo Dox EZ (que se assemelha a dois teclados separados para o conforto das mãos) é que pode ser completamente personalizado: desde a posição das teclas, ao tamanho do teclado (pode-se definir a distância das teclas pressionadas pela mão esquerda das utilizadas pela mão direita) e inclinação.

“O teclado deve-se adaptar ao corpo do utilizador e não o contrário”, defendem os fabricantes. “Não gosta do Enter onde está? Mude-o”. Foi criado em 2011, mas até recentemente quem o quisesse tinha de o construir sozinho ao reunir um conjunto de peças soltas. Há dois anos, porém Erez Zukerman e Yaara Lancet criaram uma versão financiada através do site Indiegogo.

Foto
Há versões em preto ou branco Ergo Dox

Vem com algumas teclas na posição QWERTY tradicional para ajudar os utilizadores durante o processo de adaptação, e trás dois apoios para descansar os pulsos, se passa muito tempo a teclar em frente ao computador. Custa cerca de 280 euros.

O rápido

O X-Bows – que lançou recentemente uma campanha no Kickstarter – não altera a ordem das teclas, apenas o ângulo em que são apresentadas. Além disso, coloca o Enter e a tecla Alt no centro do teclado. O objectivo é diminuir a utilização do dedo mindinho (segundo os criadores deste teclado o dedo mais pequeno é utilizado pela maioria das pessoas para carregar no Enter) e aumentar a utilização do polegar. Isto deve aumentar a rapidez de uso.

Além disso, o teclado pode ser personalizado facilmente e vem com luzes LED que podem ser programadas quando à cor, rapidez, luminosidade. Também podem ser desligadas.

Foto
O teclado permite usar mais o polegar X-Bows

Ainda não há preço disponível.

O vertical

O SafeKeyboard tem as teclas dispostas na vertical. O objectivo é obrigar as mãos a teclar numa posição mais natural, diminuindo a pressão sobre os pulsos. A desvantagem para alguns, porém, é que não se podem ver as teclas enquanto se está a escrever. Porém, a maioria dos utilizadores já tecla sem olhar para o teclado. Custa 243 euros. 

Foto
Não é preciso ver as teclas

Próximo da natureza

O Orée é um teclado em madeira que funciona sem fios (via bluetooth) e pretende "inspirar os utilizadores ao aproximá-los da natureza" quando estão imersos num ambiente informático. Pode-se pedir para ter uma inscrição na parte de trás.

Também há um trackpad (semelhante aos ratos que se utilizam no portátil). Funciona com iOS e Windows, e está disponível com a versão QWERTY do teclado português. Custa cerca de 125 euros.

Foto
Funciona para Windows e iOS Oree

Projectado a laser

Depois, há teclados a laser que permitem ter mais espaço na secretária e um teclado fácil de transportar para qualquer lugar. Estes já são mais comuns (com os preços a variar entre os 20 e os 150 euros). Por exemplo, o teclado a laser sem fios da AGS custa cerca de 25 euros e funciona com a maioria dos sistemas com conecção bluetooth (incluindo alguns smartphones). As vantagens são que ocupa pouco espaço, é fácil de transportar para qualquer lugar, cansa menos as mãos (que estão sempre apoiadas sobre a mesa) e dá um efeito visual bonito (com os limites das teclas a iluminar-se a vermelho). Porém, não é o melhor para rapidez (só considera uma tecla de cada vez).

Sugerir correcção
Comentar