Harvey passa a tempestade tropical. Ameaça de cheias mantém-se

Ventos e chuvas permanecem fortes mas o furacão que atingiu o Texas passou a tempestade tropical. Há relatos de danos elevados e Trump decretou estado de "catástrofe natural".

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O Harvey deixou de ser classificado como um furacão. Mais de 12 horas depois de ter atingido a costa do estado norte-americano do Texas, o Serviço Nacional de Meteorologia considerava-o como uma mera tempestade tropical. Ainda assim, o vento continua a soprar na ordem dos 112 quilómetros por hora, a chuva intensa não terminou e o maior risco agora é o de inundações potencialmente “catastróficas”.

Esta tarde de sábado, o governador do Texas, Greg Abbott, sublinhava esse receio e afirmava que a principal preocupação são agora as cheias causadas pela chuva incessante e pela lenta progressão da tempestade. Abbott recomenda especial atenção junto a zonas de acumulação de águas, que podem ser mais profundas e mais perigosas do que é aparente à primeira vista.

Para já, e de acordo com o presidente da câmara de Rockport, C.J. Wax, citado pelo Washington Post, há registo de pelo menos uma vítima mortal. As autoridades texanas admitem que o número poderá aumentar à medida que os socorristas chegam às áreas mais atingidas. Rockport fica perto de Port Aransas e Port O'Connor, as primeiras localidades a serem atingidas na noite de sexta-feira (madrugada de sábado em Lisboa) pelo que na altura era um furacão de categoria 4 com ventos de 209 quilómetros/hora. 

Naquela cidade, a autarquia tinha pedido aos habitantes que escrevessem os nomes nos braços caso fosse necessária a sua identificação e não pudessem comunicar – em situação de ferimentos graves, perda de consciência ou mesmo morte. Ali, um responável comunitário disse ao USA Today que o tecto de um lar de idosos colapsou e que noutros incidentes já tinham sido contabilizados 10 feridos.

Para além do registo de uma vítima mortal, mais de 210 mil pessoas ficaram sem electricidade na zona do Golfo do Texas, segundo o Electric Reliability Council do Texas, entidade gestora da rede eléctrica naquela zona, citada pela CNN. Em algumas localidades, relata o New York Times a partir de Corpus Christi, a electricidade pode não voltar durante semanas. Naquela cidade, a água deixou de ser própria para consumo.

O Harvey foi o furacão mais forte a atingir o país desde o devastador Katrina, em 2005, e do Charley, em 2004, levando o Presidente norte-americano Donald Trump a decretar o estado de "catástrofe natural" para acelerar a disponibilização de fundos e de meios federais. 

Entretanto, os texanos começam a fazer contas aos estragos. Árvores, postes de electricidade e até pórticos das auto-estradas foram arrancados e as imagens da força do vento e das chuvas intensas são acompanhadas pelas do mar revolto.

O número total de pessoas afectadas pela tempestade é de cerca de seis milhões de pessoas, com os mercados também atentos ao impacto financeiro imediato da tempestade: a região é um ponto nevrálgico da produção petrolífera dos EUA, concentrando 45% das refinarias do país e com unidades importantes como as de Corpus Christi e Houston no caminho do furacão. A Reuters detalha ainda que perto de um quinto do crude produzido nos EUA vem das plataformas no Golfo.

Já é dado como certo que, como nota o New York Times, os preços do combustível devem subir durante alguns dias e manter-se inflaccionados. Segundo o próprio Governo, já houve uma subda de 22% dos preços mal as refinarias fecharam por motivos de segurança. O mesmo diário indica e mostra filas de condutores em Houston, por exemplo, onde os habitantes se preparam tanto para um salto nos preços quanto para falta de abastecimento devido à paragem dos trabalhos. Com Claudia Carvalho Silva e Pedro Guerreiro

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