Caracas diz que travou revolta militar contra o regime que provocou duas mortes

Número dois do regime de Maduro anunciou que, durante a madrugada, "atacantes terroristas" entraram numa base militar na cidade de Valencia. Foram detidas dez pessoas.

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O antigo capitão da Guardia Nacional venezuelana, Juan Caguaripano, divulgou um vídeo onde anunciava o início da revolta militar contra o Governo Youtube

O regime venezuelano anunciou na manhã deste domingo que as forças de segurança travaram um levantamento militar na base de Paramaracay, situado na cidade de Valencia, no centro do país. Mais tarde o Governo venezuelano informou que duas pessoas morreram durante o incidente, uma ficou ferida com gravidade e dez foram detidas.

O anúncio foi feito através do Twitter pelo número dois do regime, Diosdado Cabello, que afirmou que “na madrugada, atacantes terroristas entraram no Forte Paramacay em Valencia”. “Vários terroristas detidos”, informou ainda o responsável, que é o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, e integra a Assembleia Constituinte recentemente empossada.

Horas antes, o antigo capitão da Guardia Nacional Bolivariana, Juan Caguaripano, divulgou um vídeo em que anunciava o início de uma revolta militar contra o Governo. “Isto não é um golpe de Estado, mas sim uma acção cívico-militar para restabelecer a ordem constitucional”, afirmava o militar acompanhado no vídeo por cerca de 20 homens com fardas militares e alguns deles armados.

O ministro para a Comunicação e Informação da Venezuela, Erneste Villegas, publicou uma fotografia no Twitter sete dos detidos, afirmando que um outro ficou ferido tendo sido transportado para o hospital. Segundo uma testemunha ouvida pela Reuters, ouviram-se disparos durante a noite nesta zona. O Governo confirmou depois a morte de duas pessoas e um ferido grave, aparentemente durante esta troca de tiros, e a detenção de dez pessoas.

De acordo com o El País, que cita fontes militares, Caguaripano conseguiu organizar alguns militares com o objectivo de tomar o armazém de armas e outras zonas da base de Paramacay. 

Existem ainda versões diferentes sobre o desfecho do caso. O jornal espanhol cita fontes militares que dizem que há outros focos de sublevação militar no país. 

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