Presidente da câmara de Alijó vai declarar Estado de Emergência Municipal

O autarca revelou que o incêndio, que deflagrou no domingo, está "incontrolado".

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O presidente disse que todo o concelho, excepto a zona sul, está em chamas ADRIANO MIRANDA

O presidente da Câmara de Alijó, Carlos Magalhães, afirmou estar a preparar-se para declarar Estado de Emergência Municipal, referindo que o incêndio que lavra desde a madrugada de domingo está incontrolado. "É um alerta, é um pedido de socorro para todo o país para ver se nos ajudam", afirmou aos jornalistas na localidade de Vila Chã, onde as chamas se aproximaram das casas durante a tarde, assustando a população.

E acrescentou: "Está incontrolado o fogo, não sei o que a noite nos vai trazer porque não vamos ter os meios aéreos e o vento continua e as frentes activas têm-se multiplicado". O autarca referiu que o Estado de Emergência significa um "pedido à tutela".

"É um pedido de socorro, é um pedido de ajuda porque nós já não somos capazes de dominar isto, os homens que já estão aqui já estão exaustos, precisávamos de mais alguma coisa", sustentou. O presidente disse que pediu mais meios para o combate a este fogo, referindo que só vê uma solução através dos "meios de combate aéreo".

"Não estou a ver, no terreno, que os homens consigam aceder a estas zonas tão declivosas e com orografia tão pedregosa. Seria um risco para estes homens", salientou. Homens que já "estão exaustos" depois de muitas horas de combate a um incêndio "que não dá tréguas"

E explicou que praticamente todo o concelho, "a norte, a poente e a nascente está todo em chamas, salvaguardando apenas a zona sul que está ocupada por vinhas.

"Num teatro de operações como este há sempre pequenas falhas, mas eu não me quero referir a essas pequenas falhas, quero-me referir às grandes falhas de há muitos anos, como a falha de uma política que defina um planeamento florestal e que não existe", sublinhou. 

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