Cem anos de Homem-Cinema para celebrar a carreira de Jean Rouch

Uma exposição na Biblioteca Nacional de França celebra o centenário do nascimento desta figura incontornável do cinéma-vérité – e do cinema tout court.

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2017 é o ano do centenário do nascimento de Jean Rouch (1917-2004), cineasta da antropologia e antrópologo do cinema, figura incontornável do cinéma-vérité mas também do cinema-experiência e do cinema tout court. É por isso perfeitamente lógico que a exposição que a Biblioteca Nacional Francesa (BNF) lhe dedica, a partir de 26 de Setembro, se chame O Homem-Cinema, ou no original francês L'Homme-cinéma: um cruzamento de extractos de filmes (restaurados, avisa o site da BNF) com documentos de arquivo guardados no extenso acervo, entre fotografias, documentos e correspondência.

Patente até 26 de Novembro, a exposição enquadra-se numa série alargada de comemorações que se iniciaram em Março no festival de cinemas africanos FESPACO, de Ouagadogou, no Burkina-Faso, e que passaram por sessões de homenagem no festival de Cannes (nomeadamente com a projecção de Babatu, les 3 conseils, o único filme de Rouch oficialmente seleccionado pelo festival, em 1976). Em paralelo, sete filmes do realizador, restaurados digitalmente, estarão em digressão por França ao longo do Verão: os seis que fazem parte da edição Rouch lançada em 2011 entre nós pela Midas - Os Mestres Loucos (1955), Eu, um Negro (1958), A Pirâmide Humana (1961), Jaguar (1961), A Caça ao Leão com Arco (1967) e Pouco a Pouco (1971) – e o incontornável filme que dirigiu com Edgar Morin, Chronique d’un été (1961).

Todos os pormenores das comemorações podem ser encontrados em www.jeanrouch.fr.

 

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