OCDE considera que evolução para economia verde é demasiado lenta

Nenhum dos 46 países analisados está a caminhar suficientemente depressa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis.

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China é um dos casos problemáticos REUTERS/Stringer

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considerou esta terça-feira que a transição dos países para uma economia verde, baseada nas energias renováveis, é demasiado lenta. Nenhum dos 46 países analisados num estudo realizado pela organização está a caminhar suficientemente depressa para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis e as emissões poluentes.

"Embora haja sinais de 'crescimento verde', a maior parte dos países só mostra avanços em um ou dois sectores e muito pouco nos outros", assinalou o director ambiental da OCDE, Simon Upton. Luxemburgo, Islândia, Dinamarca, Noruega e Holanda são alguns dos países que a OCDE destaca pela positiva, com os melhore resultados nas áreas da redução de emissões de dióxido de carbono e incentivos às energias não poluentes. "Todos os países melhoram frequentemente em um único aspecto da energia verde enquanto ficam para trás em outros", refere a OCDE.

A organização internacional assinala que no bloco das economias emergentes conhecido como BRIICS (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul), pouco se faz para desincentivar as emissões de dióxido de carbono. "A maior parte das emissões não paga taxas ou paga menos de 30 euros por cada tonelada de dióxido de carbono. Estas políticas não proporcionam um incentivo económico estável ou suficiente para que as empresas reduzam os custos para evoluir para energias verdes", acrescenta.

Quanto a Portugal, no relatório fazem-se algumas referências, como ao aumento da produção de lixo doméstico nos municípios apesar do abrandamento da economia ou o aumento de áreas densamente urbanizadas

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