Facebook bloqueia pornografia de vingança

Novo botão permite denunciar casos de imagens íntimas partilhadas sem consentimento. Medidas estendem-se ao Messenger e ao Instagram.

Foto
A publicação não autorizada de imagens íntimas é um acto frequente (e ilegal) de vingança da parte de ex-companheiros de relação. Reuters/MICHAEL DALDER

O Facebook vai tentar evitar que se disseminem pela rede social fotografias e vídeos íntimos partilhados sem autorização das pessoas que aparecem nas imagens.

O fenómeno é conhecido por pornografia de vingança (ou pela expressão inglesa revenge porn), uma vez que a partilha é frequentemente feita por ex-companheiros ou parceiros sexuais, depois de terminada a relação.

O Facebook passará agora a incluir um botão que permite a qualquer utilizador denunciar o que julgue ser uma situação de pornografia de vingança. Funcionários da empresa vão depois analisar as imagens e removê-las, caso estas violem as regras da rede social. Estas regras são conhecidas por serem apertadas no que diz respeito à publicação de fotografias de pessoas nuas, o que já deu azo a situações caricatas, como a remoção de uma icónica fotografia da Guerra do Vietname e da pintura A Origem do Mundo.

Na maior parte dos casos, explica um comunicado do Facebook divulgado nesta quarta-feira, a conta que publicou as imagens será desactivada. Para além disto, a rede social vai usar tecnologia de comparação de imagens para evitar que estas sejam partilhadas por outras contas. Quando alguém o tentar fazer, será avisado de que está a violar as regras do Facebook e que a partilha foi impedida. O bloqueio estende-se ao Facebook Messenger e também ao Instagram, a rede de partilha de fotografias que é propriedade do Facebook. 

O Twitter já em 2015 tinha tomado medidas contra a pornografia de vingança.

Sugerir correcção
Comentar