Mais dois suspeitos detidos na investigação ao ataque de Londres

Unidade antiterrorismo do Reino Unido deteve dez pessoas. Uma delas, uma mulher, foi libertada sob fiança. Atacante chamava-se Adrian Russell Ajao antes de se converter ao islamismo.

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Flores depositadas na ponte de Westminster, em homenagem às vítimas Reuters/DARREN STAPLES

Um alto responsável da unidade britânica de combate ao terrorismo, Mark Rowley, informou nesta sexta-feira que foram detidas mais duas pessoas, na sequência da investigação ao atentado de Londres. Ao todo, foram já detidas dez pessoas. No entanto, uma foi entretanto libertada sob fiança – uma mulher. Nove continuam sob custódia policial.

As detenções, classificadas pelas autoridades britânicas como “importantes”, foram feitas nas regiões de West Midlands e North West durante a noite. Há ainda cinco buscas a decorrer neste momento no âmbito das investigações ao ataque de quarta-feira em Westminster.

A mesma fonte avança, segundo a Reuters, que o autor do ataque se chamava Adrian Russell Ajao antes de se converter ao islamismo – nessa altura, adoptou o nome Khalid Masood. Era britânico, nascido em Kent, tinha 52 anos, e já tinha sido condenado por uma série de crimes violentos. Não por terrorismo. O Daesh diz, ainda assim, tratar-se de um dos seus “soldados”.

Khalid Masood era uma figura periférica em anteriores investigações por terrorismo levadas a cabo pelo MI5. As autoridades acreditam que tinha contacto com pessoas que estão sob vigilância por ser provável que viajem para o Médio Oriente para se juntar a grupos jihadistas. Porém, Masood “nunca esteve” nessas condições, disse uma fonte do governo dos EUA sob anonimato à Reuters.

"A nossa investigação concentra-se agora em perceber as suas motivações, a forma como operou e quem poderá ter trabalhado consigo”, disse Mark Rowley numa conferência de imprensa ao início da manhã desta sexta-feira.

Segundo o responsável da unidade britânica de combate ao terrorismo “não há indícios de novas ameaças”. “A nossa determinação é descobrir se ele agiu totalmente sozinho, inspirado por propaganda terrorista, ou se foi encorajado, apoiado ou dirigido por outras pessoas”, afirmou ainda. 

Masood morreu na quarta-feira, dia do ataque na ponte de Westminster e nas imediações do Parlamento, onde esfaqueou mortalmente um agente da polícia antes de ser baleado por outros agentes que acorreram ao local. Antes de ali chegar, atropelou dezenas de pessoas, três das quais morreram. Duas continuam hospitalizadas em estado crítico.

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