Hospital de São João, no Porto, vai digitalizar arquivos clínicos dos doentes

O projecto, que ainda está na fase embrionária, será desenvolvido em parceria com a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Arquivo Distrital do Porto.

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Projecto vai começar com o arquivo clínico dos utentes da Pediatria, até aos 12 anos NFACTOS / FERNANDO VELUDO

O Centro Hospitalar de São João (CHSJ) está a deenvolver um projecto que visa a criação de um arquivo clínico digital que permita acabar com os arquivos em papel, reduzindo "custos e espaço". O projecto, que ainda está na fase embrionária, será desenvolvido em parceria com a Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB)/Arquivo Distrital do Porto (ADP), que será responsável pela "validação técnica" da iniciativa, disse à agência Lusa a coordenadora do denominado Repositório Clínico Digital (RCD), Fernanda Gonçalves.

Como "o volume de informação é muito grande", o CHSJ pretende iniciar o projecto com o arquivo clínico dos utentes da Pediatria, até aos 12 anos, alargando-se depois a todos os actuais doentes do CHSJ, referiu Fernanda Gonçalves. "Pretendemos criar um repositório clínico digital que garanta a autenticidade e integridade dos documentos, promovendo a definição de procedimentos necessários à correcta digitalização e classificação dos documentos, a digitalização da documentação actual e retrospectiva de processos clínicos de doentes actuais e o acesso em suporte electrónico a toda a informação clínica do utente", sublinhou a responsável.

A par da criação do repositório clínico digital, o projecto prevê ainda "a adequação da gestão de informação clínica às necessidades dos doentes actuais e, em especial, das novas gerações, a promoção da transferência de suporte priorizada de informação retrospectiva (processo clínico em papel) e racionalização da entrada produção de informação actual em papel".

De acordo com o CHSJ, pretende-se também "a redução dos custos de custódia e de arquivos clínicos de papel, a definição de melhores práticas na implementação de repositórios clínicos digitais, a produção de recomendações relativas à evolução do enquadramento legal de transferência de suporte e desmaterialização".

Questionada sobre os prazos do projecto, Fernanda Gonçalves disse ser "ainda muito cedo para concretizar" na medida em que o processo "obriga à preparação de um concurso" e a "uma eventual alteração legislativa".

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