Federer derrota Nadal e assegura 18.º Grand Slam

Final de Melbourne foi decidida em cinco sets, após quase quatro horas de jogo.

Fotogaleria
Reuters/ISSEI KATO
Fotogaleria
LUSA/MADE NAGI
Fotogaleria
LUSA/LUKAS COCH
Fotogaleria
LUSA/MARK R. CRISTINO
Fotogaleria
LUSA/DEAN LEWINS

O suíço Roger Federer conquistou neste domingo o Open da Austrália depois de derrotar o seu sempiterno adversário, Rafael Nadal, em cinco sets (6-4, 3-6, 6-1, 3-6 e 6-3), após quase quatro horas. Era uma final de sonho, um clássico do ténis mundial, um confronto entre dois nomes maiores da modalidade e que, para os fãs, constituía um regresso ao passado mas também um novo episódio numa disputa – quem é melhor? – que não tem uma resposta única. Nas bancadas, pelo menos, havia fãs divididos.

Na quinta e derradeira partida, quando o parcial estava em 4-3 a favor de Federer e o serviço cabia a Nadal, o tenista espanhol enfrentou três break points (a 0-40). Uma oportunidade que Federer não desperdiçou para adiantar-se até aos 5-3 e tentar servir para fechar com chave de ouro. Nadal reagiu até aos 40-40, mas Federer insistiu e acabaria por fechar o jogo a seu favor, ao fim de 3h30 minutos, forçando Nadal a errar com uma resposta para a rede. Depois, o suíço assumiu o serviço e fez o que os fãs dele queriam: ganhou mais uma final a Nadal.

"O ténis é um desporto duro, não admite empates, mas esta noite teria aceitado de bom grado um empate com o Rafa", disse no final o vencedor do torneio, aludindo ao finalista derrotado. "Para ser honesto, ficaria feliz mesmo que tivesse perdido, o regresso [à competição] foi bom. Espero ver-vos cá no próximo ano, e se não, entao foi maravilhoso estar aqui este ano e esta noite não poderia estar mais feliz."

O tenista suíço apostava no 18.º título num Grand Slam – e o quinto na Austrália –, igualando também Jimmy Connors, o único tenista a ultrapassar a barreira das 100 partidas jogadas no Open australiano. Do outro lado da rede, o espanhol espreitava a oportunidade de alcançar o seu segundo título em Melbourne, que seria o 15.º Grand Slam da carreira. Aos 35 anos e 174 dias, Federer seria o segundo tenista mais velho a conquistar um Grand Slam, depois do triunfo de Ken Rosewall, também na Austrália, em 1972. Foi o que aconteceu, e apesar da experiência, o suíço não conteve lágrimas de alegria.

O antigo número um mundial, recordista absoluto de títulos do Grand Slam, deixou ainda mais à distância os segundos classificados, o espanhol Rafael Nadal e o norte-americano Pete Sampras, que têm 14 títulos Grand Slam cada um. Nadal,  que ali venceu apenas uma vez (2009), destacou a qualidade da final. "Foi um bom encontro e penso que o Roger provavelmente merece a vitória um bocadinho mais do que eu", reagiu o tenista espanhol. "Apresentei ténis de grande qualidade. Isso são boas notícias para mim", prosseguiu o atleta, que também tem passado por diversos problemas físicos que o afastaram dos courts. "Acredito que se fisicamente estiver bem posso ter um grande ano", rematou.

Seria necessário recuar a 2008 e a Wimbledon para se recordar um fim-de-semana como este: Rafael Nadal, Roger Federer e as irmãs Williams a discutirem as finais de singulares de um torneio do Grand Slam. Segundo as casas de apostas, as probabilidades de os quatro chegarem ao derradeiro encontro eram de 1 para 5000. No sábado, Serena Williams bateu a irmã, Venus, e arrecadou o seu 23.º título do Grand Slam, uma marca para a história do ténis feminino. 

Sugerir correcção
Comentar