Lisboa, Sines e Leixões com ‘fatia de leão’ do investimento portuário

Estratégia para o aumento da competitividade portuária apresentado pela ministra do Mar e pelo primeiro ministro

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O aprofundamento do canal de Leixões no terminal de contentores vai finalmente avançar PAULO PIMENTA

A estratégia para o aumento da competitividade portuária apresentado pelo Governo esta segunda feira apresenta as maiores fatias do bolo total de investimento para os portos de Lisboa, Sines, e Leixões. Para o Porto de Lisboa estão previstos 746 milhões - e um crescimento de 49%, para 5,6 milhões de toneladas de carga – para a a 2.ª fase de construção do novo terminal de cruzeiros, modernização do terminal de Alcântara e aumento da navegabilidade do estuário do Tejo até Castanheira do Ribatejo.

Em Sines estão previstas obras de  670 milhões,  para a 3.ª fase do alargamento do Terminal XXI, concessionado à PSA e  incluindo já 470 milhões para a 2.ª fase da construção do novo terminal Vasco da Gama – prevendo-se que a capacidade de carga do Porto de Sines cresça 130%, para 56,9 milhões de toneladas.

Para Leixões, a estratégia passa pelo investimento de 429,5 milhões de euros, no novo terminal de contentores, com fundos de 14 metros, reconversão do actual Terminal de Contentores Sul, aumentar da eficiência do Terminal de Granéis Sólidos e Alimentares e os polos 1 e 2 da Plataforma Multimodal e Logística. Em 2026 este porto deverá ter uma capacidade de 8,2 milhões de toneladas (mais 44% que a actual). Tratam-se de investimentos já definidos e aprovados há muito no plano estratégico interno - só faltava mesmo a decisão ministerial

O restante investimento será repartido por Figueira da Foz (36,1 milhões de euros para melhorias da acessibilidade marítima, das infra-estruturas e da segurança da entrada), Setúbal (25,2 milhões para aprofundar canal norte de forma a permitir acesso por navios de calado médio e aumentar capacidade de carga em 60%, para as 4,5 milhões de toneladas), Aveiro (24 milhões para conclusão do Terminal de Granéis Líquidos – para abastecimento de navios de cruzeiros oceânicos e da Douro Azul -, construção de terminal intermodal e  infra-estruturação de zona industrial), Viana do Castelo (24,5 milhões, para aprofundar canal de navegação e melhorar acessos rodoviários para reforçar industria naval), e no terminal de cruzeiros de Portimão (17,5 milhões para melhorar o terminal e aumentar a acessibilidade marítima, permitindo a entrada de navios maiores ).

Do plano de investimentos apresentado também consta aquele que está a ser efectuado para reforçar a capacidade da via navegável do Douro até 2020.  Com L.P.

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