Ana Moura, Márcia, Tó Trips e muitos mais em concerto solidário com a Síria

Cerca de 20 artistas e grupos vão juntar-se no Teatro Capitólio, em Lisboa, a pensar nas vítimas de Alepo. Receita reverte a favor dos Médicos Sem Fronteiras.

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Ana Moura DANIEL ROCHA

Ana Moura, Samuel Úria, Noiserv, Best Youth e Miguel Araújo são alguns dos artistas que vão actuar na quarta-feira, em Lisboa, num concerto solidário a favor dos Médicos Sem Fronteiras na Síria. Cerca de 20 artistas e grupos pisarão o Teatro Capitólio numa noite de actuações cuja receita de bilheteira reverterá para as operações dquela organização no cenário de conflito civil em curso naquele país do Médio Oriente.

"A ideia surgiu de uma maneira muito informal, queríamos sensibilizar as pessoas para o que se passa em Alepo. Formou-se aqui um movimento cívico muito rápido e com vontade de fazer as coisas, para que não fiquemos indiferentes. Há seres humanos a sofrer", disse à agência Lusa a cantora Selma Uamusse, uma das impulsionadoras do concerto.

Marcado para as 21h30, e com bilhetes a dez euros, o concerto contará ainda com Benjamim, D'Alva, Gospel Collective, Joana Alegre, Joana Barra Vaz, Luísa Sobral, Márcia, Mikkel Solnado, Pedro Tatanka, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Tiago Bettencourt, Tó Trips e We Trust.

"Somos músicos, mas, acima de tudo, somos um grupo de cidadãos comuns com vontade de fazer uma coisa mais além da simples sensibilização", sublinhou a cantora.

"Como conviver com este nó na garganta? Quase que confundimos Alepo com um campo de batalha, uma cidade tomada, um sítio de facções. Quase. Mas não: Vimos pessoas e ouvimo-las", lê-se no comunicado de imprensa sobre as razões do concerto, com um texto de Samuel Úria.

A Síria tem sido palco de uma guerra civil nos últimos cinco anos e em Alepo, considerado um importante baluarte dos rebeldes anti-Bashar al-Assad, há milhares de civis retidos. O plano de retirada dos habitantes foi retomado este domingo, depois de ter estado suspenso desde sexta-feira.

Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 40 mil civis e rebeldes estão sitiados no sector rebelde de Alepo.

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