Valorizar as relações humanas através dos jogos de tabuleiro

Nos dias de festa que se aproximam, em que famílias e amigos estão reunidos, há que aproveitar a oportunidade para reforçar os vínculos emocionais

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Moritz Schmidt/Unsplash

O Natal está quase aí. Se tudo correr como se espera, será um momento em que as famílias se reúnem e passam quantidades de tempo consideráveis na companhia uns dos outros, enquanto tentam escapar ao frio. É tempo de convívio, partilha e ganhar uns quilos a mais.

Partindo do princípio que esta descrição generalista traduz a realidade da maioria das pessoas, não posso deixar passar a oportunidade de partilhar uma sugestão para aproveitar esses momentos especiais. Nos dias de festa que se aproximam, em que famílias e amigos estão reunidos, há que aproveitar a oportunidade para reforçar os vínculos emocionais. Mas pode ser necessário um facilitador ou desbloqueador lúdico, nem que seja para arrancar os miúdos e graúdos dos ecrãs solitários.

Nada melhor do que um jogo de tabuleiro. Aliás, os jogos de tabuleiro até podem ser as próprias prendas neste Natal. E agora muitos dirão: mas qual é a novidade? Já jogamos jogos de tabuleiro! Excelente, mas que tipo de jogos experimentam?

A verdade é que os jogos de tabuleiro modernos ainda são pouco conhecidos cá em Portugal. As lojas, especialmente as grandes superfícies, continuam a ter uma oferta reduzida comparativamente com a diversidade e qualidade existentes à nossa disposição. Mas já se começa a sentir uma mudança, já vamos vendo alguns títulos diferentes nas prateleiras, especialmente de novas editoras portuguesas.

Mas vale a pena escrever sobre sito? Será relevante? Acreditem que é! Só experimentando estes novos jogos para se perceber do que estou a falar.

Existem jogos verdadeiramente interessantes, com decisões e experiências de jogos que agradam tanto a crianças como adultos. Alguns são mesmo recomendados apenas para adultos, pela sua complexidade. Dos mais simples aos mais complicados, os jogos podem levar-nos a cooperar ou a competir para vencer. Em alguns dos melhores jogos a vitória não acontece esmagando ou retirando os adversários do jogo, dá-se simplesmente validando quem jogou melhor através de contagem de pontos ou mecanismo semelhante. Ganha sempre alguém, mas ninguém perde. Estou apenas a falar dos jogos competitivos, existem depois outros completamente cooperativos: ou ganham ou perdem todos, pois estão a tentar ultrapassar em conjunto um determinado desafio. Seja com um tipo de jogo ou com outro, ganham sempre todos pela experiência, pelo momento passado e pelas relações sociais que se desbloquearam no processo. Estes jogos permitem uma interactividade emocional e socialmente poderosa. Existem jogos sobre todos os temas possíveis e imaginários: agricultura, comércio, economia, exploração, aventura, ficção científica, históricos, fantasia, humor, situações de vida, etc. Há opções de todos os formatos e durações: pequenos e grandes, de 10 minutos a várias horas. Podem ser de estratégia, mais ou menos tácticos, de dedução, bluff, gestão, role play, manipulação, destreza, etc. Dependendo do jogo, podem ser jogados até as dezenas de pessoas em simultâneo, desde os três aos 120 anos.

Por isso, aproveitem as festividades que aí vêm. Valorizem as pessoas. Quem sabe um jogo de tabuleiro pode ajudar muito.

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