Cerca de 120 pessoas morreram e 150 ficaram feridas depois de um comboio ter descarrilado no estado de Uttar Pradesh, no nordeste da Índia, na madrugada deste domingo. Nas últimas horas, o número de mortos subiu depois de já terem sido confirmadas 60 mortes pela polícia à agência Reuters. O balanço pode ser ainda mais trágico, tendo em conta que estão várias pessoas presas nos destroços.

As causas do acidente ainda não foram apuradas. Para já, sabe-se apenas que 14 carruagens do comboio, que viajava entre a cidade de Patna, no nordeste, e a cidade de Indore, no centro da Índia, se desligaram entre si.

A partir do local do acidente, Pratap Rai, um dos responsáveis pelos caminhos-de-ferro, relatou à Reuters cenas de desespero e aflição. Entre as carruagens destruídas, alguns sobreviventes procuram familiares e pertences. "Temos usado todas as tácticas para salvar vidas, mas tem sido difícil cortar as carruagens de metal", afirmou à agência britânica.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, também já reagiu no Twitter, dizendo que lamenta as mortes e as suas "preces" estão com "as famílias enlutadas" e os feridos deste "trágico" acidente, a quem desejou a rápida recuperação. 

Este pode ser o acidente ferroviário mais trágico desde 2005 na Índia, quando morreram mais de 100 pessoas, depois de um comboio ter sido esmagado por uma rocha. A rede ferroviária indiana é a quarta mais longa do mundo, a seguir aos EUA, Rússia e China, tendo cerca de 65 mil quilómetros. Transporta cerca de 23 milhões de passageiros por ano, e tem 1,3 milhões de funcionários e 12 500 comboios. De acordo com um estudo divulgado pelo Ministério das Ferrovias só na última década aconteceram 1522 acidentes em que morreram 2331 pessoas.