O resultado líquido da Sonaecom recuou 85% até Setembro, passando de 40 milhões para seis milhões de euros, anunciou a empresa nesta terça-feira.

A sociedade que detém a participação da Sonae na ZOPT (o veículo que controla o capital da operadora de telecomunicações Nos), assim como empresas de tecnologia como a WeDo Technologies e a Saphety, além do jornal PÚBLICO, justificou esta evolução face aos nove meses do ano passado com  a queda do lucro antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA), que desceu 16,6%, para 16,5 milhões de euros, mas, essencialmente, com o desempenho ao nível dos resultados financeiros.

De acordo com a empresa, estes atingiram um valor negativo de 5,2 milhões de euros de Janeiro a Setembro “influenciados negativamente pelo ajustamento ao justo valor da participação directa na Nos, que tem por base o preço de mercado até à sua venda [em Junho] e que resultou num valor negativo de 15,7 milhões”. Por outro lado, os resultados financeiros beneficiaram dos 1,8 milhões de euros de dividendos recebidos bem como da mais-valia gerada pela venda à ZOPT da participação directa de 2,14% na Nos, refere a empresa.

Em contraste com o que se verificou este ano, no ano passado o “ajustamento ao justo valor foi positivo em 23,5 milhões de euros”. Já os dividendos recebidos pela sociedade liderada por Ângelo Paupério totalizaram 1,5 milhões.

Até Setembro, o volume de negócios consolidado da Sonaecom recuou 1,6%, para 98,1 milhões. "Esta redução foi impulsionada por um decréscimo de 1,4% nas receitas de serviço e de 1,9% nas vendas de equipamento", justificou a Sonaecom, cujos custos operacionais subiram 1%, para 98,4 milhões.