Ataques cibernéticos atingiram 25% das empresas portuguesas no último ano

Resultados de estudo europeu mostram que “interrupção do negócio” é a principal consequência.

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Reuters/Kacper Pempel

Os ataques cibernéticos atingiram 25% das empresas portuguesas no último ano, considerando que apenas 31% das empresas em Portugal revela ter conhecimento completo sobre este tipo de riscos, indica um estudo da consultora Marsh.

De acordo com o estudo intitulado Continental European Cyber Risk Survey: 2016 Report, ao qual a Lusa teve acesso, 25% das empresas em Portugal inquiridas pelo estudo admitiram ter sido alvo de um ataque cibernético nos últimos 12 meses, e 38% identificam o risco cibernético como o principal dos seus riscos corporativos.

Apesar de 53% destas empresas terem identificado que um cenário de perda cibernética pode afectá-las directamente, 55% dizem não ter estimado o impacto financeiro no caso de um ataque cibernético, indica a análise da empresa, especializada em corretagem de seguros e em consultoria de riscos.

Quando questionadas sobre qual a maior ameaça, no caso de uma perda cibernética, 60% das empresas em Portugal destacam a “interrupção do negócio”.

Relativamente ao tipo de ameaças, as empresas inquiridas destacam três: hackers (33%), erros operacionais (27%) e ameaça interna (18%).

Ainda segundo análise da consultora, 52% das empresas portuguesas não estabeleceram um plano de acesso a um fundo de financiamento adequado, sendo que apenas 14% admitiram já ter subscrito um seguro de cibercrime.

A análise concluiu também que 76% das empresas nacionais identificam o departamento de tecnologia de informação (IT) como responsável pela revisão e gestão dos riscos cibernéticos.

O estudo, de âmbito europeu, teve como principal objectivo perceber o nível de conhecimento das empresas relativamente aos riscos cibernéticos e quais as suas reacções, bem como processos em curso para responder a esta ameaça.

Ao nível europeu, 69% das empresas inquiridas acreditam estar mais expostas ao risco das ameaças associadas a erros operacionais e humanos, incluindo a possibilidade de perder dispositivos móveis, que possam comprometer dados importantes e 24% identificaram a “interrupção do negócio” como o pior cenário de perda associado ao risco cibernético.

A amostra é composta por 700 empresas europeias, das quais 60 são portuguesas.