Suspeita de nova fuga de informação na NSA sob investigação

Foi detido um suspeito de roubar e divulgar documentação confidencial da Agência Nacional de Segurança norte-americana.

Foto
Código alegadamente roubado servia para entrar no sistema de Estados estrangeiros Reuters/DADO RUVIC

Foi detido nos EUA um homem suspeito de roubar e divulgar códigos de computador confidenciais da Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA na sigla em inglês).

A notícia é avançada pelo New York Times, citando oficiais das forças de segurança e de informação norte-americanas. O jornal revela que a detenção ocorreu nas últimas semanas, na sequência de uma operação secreta do FBI.

O suspeito foi identificado como sendo Harold T. Martin, de 51 anos, e trabalhava para a empresa de consultoria Booz Allen Hamilton, que é responsável pela criação e operação de muitas das mais sensíveis operações digitais da NSA. Nesta organização trabalhava também Edward Snowden, fonte de uma das maiores fugas de informação dos EUA – os receios de uma nova fuga com contornos semelhantes começam a ganhar força no país.

Durante uma operação de buscas à casa de Martin, o FBI terá encontrado diversos documentos guardados em aparelhos electrónicos. A maioria estava classificada como confidencial.

Concretamente, o funcionário da empresa contratada pela NSA é suspeito de recolher códigos secretos desenvolvidos para entrar nos sistemas de Estados como a Rússia, a China, o Irão ou a Coreia do Norte. Assim, a confirmar-se a fuga de informação, esta reveste-se de contornos diferentes da protagonizada por Snowden. Até porque, e segundo as fontes contactadas pelo New York Times, as motivações de Harold T. Martin não aparentam ser políticas.

No entanto, esta é apenas uma de entre muitas das questões que estão ainda por responder neste caso. Ainda não é clara a altura e a forma como as autoridades chegaram ao paradeiro do suspeito, se isso aconteceu desde que Martin começou a desviar informação da NSA ou se chegou a entregar a documentação a pessoas externas ao Governo norte-americano.

Sugerir correcção
Comentar