Barack Obama, da Casa Branca a parasita de tartarugas

Parasita que vive nas Tartarugas da Malásia foi baptizado em homenagem ao presidente norte-americano — e não é a primeira vez que Obama apelida seres vivos

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Brendan Smialowski / AFP

Barack Obama já tem mais um feito para acrescentar ao seu legado presidencial: acaba de ter um parasita nomeado em sua honra. É isso mesmo, Barack Obama passou da Casa Branca a um parasita de tartarugas. Cientificamente falando, claro.

O responsável por este novo título do presidente americano é Thomas Platt, que faz parte da equipa de cientistas da Auburn University que descobriu um novo parasita, o Baracktrema Obamai.

Porquê Obama? Segundo os cientistas porque é “longo, fino e fixe como tudo”. Baracktrema Obamai é um parasita minúsculo que vive nos pulmões de Tartarugas da Malásia, e segundo o artigo publicado no "Journal of Parasitology", é “incrivelmente resistente”. A espécie de parasitas descoberta é tão incomum que a equipa de investigação teve inclusive que nomear um novo género para a incluir.

Assim, e mesmo não parecendo à primeira vista, esta é um tributo de Platt sem qualquer ironia: “É a minha maneira simples de homenagear o presidente”, disse à imprensa. O professor de Biologia aposentado recentemente já designou mais de 30 espécies ao longo do seu percurso académico, não sendo a primeira vez que o faz enquanto homenagem. “Faço-o com pessoas que admiro, desde o meu padrinho, ao meu orientador de PhD, bons amigos até a colegas de investigação”, acrescenta.

Apesar da má reputação dos parasitas, pois são organismos que vivem em associação com outros retirando-lhes recursos para a sua sobrevivência, quem os investiga acaba por admirar a sua resistência. Os parasitas “enfrentam obstáculos incríveis para completar a sua viagem (ciclo de vida) e têm de lidar com o sistema imune do hospedeiro para se conseguirem reproduzir”, explica Platt.

Mas esta não é a primeira vez que Barack Obama apelida seres vivos — no seu currículo já conta com espécies de líquen, de aranhas, de peixes e ainda um grupo extinto de lagarto da época do Cretáceo.

Não sei se sou eu que me fascino com este tipo de histórias, mas a verdade é que daqui a sabe-se lá quantos anos talvez outros cientistas estudem estas espécies sem sequer imaginar que no seu nome há um presidente americano, ou outra qualquer extravagância linguística.   

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