Os dias de muito calor e as noites tropicais que aí vêm exigem cuidados

Direcção-Geral de Saúde faz recomendações à população para se proteger de temperaturas que, em alguns locais, vão ultrapassar os 40 graus.

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Daniel Rocha

As temperaturas vão subir. Nos próximos dias, especialmente nesta segunda e terça-feira, podem mesmo ultrapassar os 40 graus em vários pontos do país. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) fez várias recomendações para os cidadãos se protegerem do tempo quente. Uma delas é permanecer duas a três horas por dia num ambiente fresco ou com ar condicionado.

"O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (meteorologia) prevê que a partir do dia de hoje [segunda-feira], 5 de Setembro, e pelo menos até ao dia 6, se verifique uma subida considerável de temperaturas, em especial da máxima, atingindo valores entre 31ºC e 42°C na generalidade do território. A temperatura mínima irá igualmente subir, prevendo-se a ocorrência de noites tropicais – temperatura mínima superior a 20ºC –, podendo atingir-se valores próximos de 25ºC em alguns locais da região Sul."

De acordo com esta previsão, a DGS faz as seguintes recomendações à população, em especial aos grupos mais vulneráveis (crianças, pessoas idosas e pessoas com doença crónica):

  • Esteja atento às previsões meteorológicas e proteja-se do calor, principalmente se tiver algum problema de saúde ou se pertencer a um grupo vulnerável;
  • Mantenha-se hidratado (beba água, mesmo se não tiver sede);
  • Use roupas leves e largas e não se esqueça do chapéu e dos óculos com protecção contra a radiação UVA e UVB;
  • Evite exposição solar ou actividades físicas no exterior nas horas de maior calor (entre as 11h e as 17h);
  • Sempre que estiver ao ar livre, use protector solar com índice de protecção igual ou superior a 30. Renove a sua aplicação de 2 em 2 horas ou de acordo com a indicação da embalagem;
  • Se possível, permaneça duas a três horas por dia num ambiente fresco ou com ar condicionado;
  • Evite as mudanças bruscas de temperatura;
  • Siga as recomendações do seu médico assistente;
  • Esteja atento às previsões meteorológicas e proteja-se do calor, principalmente se tiver algum problema de saúde ou se pertencer a um grupo vulnerável;
  • Evite que a sua casa aqueça demasiado. Nos horários de maior calor, corra as persianas ou portadas. Ao entardecer, quando a temperatura exterior for mais baixa do que a interior, deixe que o ar circule pela casa;
  • Mantenha-se em contacto e atento aos familiares e pessoas conhecidas que vivam isoladas, em especial, se forem idosas ou de grupo vulnerável.

O sistema de saúde, diz ainda a direcção-geral, “está preparado para adequar os seus serviços de acordo com os Planos de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, com o objectivo de minimizar o impacto do calor na saúde.”

Contraste: nas Caldas da Rainha microclima faz descer temperaturas

Enquanto o país sofre com o calor, há uma região que permanece à margem das altas temperaturas e onde os próprios habitantes e os turistas lamentam nem conseguirem sequer ir à praia porque o tempo o não permite. Trata-se do litoral Oeste, cujo microclima, que terá o seu epicentro no eixo Caldas da Rainha - Peniche provoca noites bastante frescas e até desagradáveis.

Nesta zona, os termómetros raramente ultrapassam os 30 graus e há três dias que o sol mal aparece em praias como a Foz do Arelho ou de S. Martinho do Porto. Nas Caldas da Rainha, os habitantes conhecem bem o fenómeno: uma muralha compacta de nuvens paira teimosamente sobre a costa, recusando dispersar. A expectativa é a de que durante a tarde o tempo "abra", mas não raras vezes acontece o contrário: a neblina e o nevoeiro vindos do mar avançam lentamente sobre a cidade e cobrem tudo.

Na praia os banhistas desesperam. Basta afastarem-se um ou dois quilómetros da praia e já há sol. Mas no areal são as brumas que imperam.

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