Islamismo
E depois do jejum?
Seja numa prisão na Bósnia, num campo de refugiados na Turquia ou num piquenique em Marrocos, o Ramadão é respeitado. Quando o sol se põe, as pessoas juntam-se para comer a primeira refeição do dia.
"O Ramadão significa paz para nós", diz Ahmet. "A única coisa que destrói esta paz é pensar nos nossos familiares que ficaram na Síria. Tenho saudades deles todos os dias". Há 3 anos, Ahmet vivia na Síria com a sua família e trabalhava numa esquadra. Agora, vive com a mulher e cinco filhos num campo de refugiados na Turquia. Após o pôr-do-sol, a família prepara um frango, acompanhado de batatas e salada. É o chamado iftar, a refeição que põe fim ao jejum diário."O Ramadão na minha terra natal é muito mais bonito do que aqui", diz Ahmet.
Mas Ahmet não é o único a festejar o Ramadão longe de casa. Sanaa tem 23 anos e vive nas ruas de Beirute, Líbano, com os seus filhos. Há 2 anos, fugiu da guerra na Síria, mas com o desaparecimento do marido depende agora da esmola das pessoas que passam para conseguir alimentar os filhos. Sentada no chão, come uma sopa de lentilhas, com frango e arroz, uma refeição que lhe foi oferecida. "O Ramadão é sobre bondade e partilha", diz Sanaa. "A decoração é a parte de que eu mais gosto".
Durante o mês do Ramadão, os muçulmanos ficam em jejum do nascer ao pôr-do-sol. Os fotógrafos da agência Reuters registaram o momento do iftar em vários sítios, desde uma mina de carvão na Bósnia, um piquenique em Marrocos ou um campo de treino militar na Síria. Este ano o Ramadão começou a 6 de Junho e termina esta quarta-feira, 6 de Julho.