A segunda caixa negra do avião da EgyptAir que se despenhou no mar Mediterrâneo no mês passado foi encontrada esta sexta-feira. A descoberta aconteceu um dia depois da equipa de investigação egípcia ter encontrado o primeiro aparelho que grava as conversas no cockpit e retém o historial das principais informações sobre o voo.

Os dois aparelhos agora encontrados são cruciais para determinar o que aconteceu com o Airbus A320 que se despenhou a 19 de Maio quando estava prestes a chegar ao Cairo, vindo de Paris, com 66 pessoas a bordo, entre as quais um cidadão português.

À semelhança da caixa negra encontrada na quinta-feira, também esta segunda está danificada mas os investigadores egípcios acreditam que é possível recuperar a informação do voo.

A construtora do avião da companhia egípcia, a Airbus, já havia dito, citada pela AFP, que apenas uma análise às gravações das caixas negras poderá “permitir compreender completamente a cadeia de eventos que conduziram ao acidente trágico”.

Ainda pouco se sabe sobre o que aconteceu naquele dia em que o avião da Egyptair desapareceu dos radares e se despenhou perto das ilhas gregas. A bordo seguiam 56 passageiros e dez tripulantes, a maioria de nacionalidade egípcia (30), mas também 15 franceses e 11 outras pessoas de outras tantas nacionalidades.

Sabe-se que os detectores de fumo foram accionados poucos minutos antes de o avião sair do radar. Segundo a equipa de investigação grega, antes de se despenhar, o avião fez um desvio na rota de 90 graus para a esquerda e de 360 graus para a direita para depois perder altitude de forma acelerada.

As autoridades não descartam, porém, a hipótese de se ter tratado de um ataque terrorista, mas não foi emitido qualquer pedido de auxílio pela tripulação e não houve qualquer reivindicação por uma organização conhecida.