Morreu o escritor e filósofo sueco Lars Gustafsson

Autor do romance A morte de um apicultor, Lars Gustafsson tinha sido este ano distinguido com o Prémio Nonino, em Itália, em Janeiro, e o Zbigniew Herbert Prize, da Polónia, em Março passado.

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Lars Gustafsson ANNETTE POHNERT

O escritor e filósofo sueco Lars Gustafsson, de 79 anos, morreu domingo de madrugada, após uma breve doença, acompanhado da mulher e da filha mais nova, noticiou o jornal sueco Expressen. 

Autor do romance A morte de um apicultor, Lars Gustafsson tinha sido este ano distinguido com o Prémio Nonino, em Itália, em Janeiro, e o Zbigniew Herbert Prize, da Polónia, em Março passado.

Nascido em Västerås, no centro da Suécia, em 1936, publicou o seu primeiro livro,Vägvila, em 1957, a que se seguiu Poeten Brumbergs sista dagar och död, em 1959, que o autor considerava a sua verdadeira estreia literária.

Entre 1962 e 1972 foi editor da revista literária Bonniers.

Na década de 1970, refere a agência noticiosa espanhola Efe, caracterizou-se como um crítico feroz das grandes figuras do pensamento socialista, que, segundo Gustafsson, dominavam a vida cultural sueca, que via também marcado por um certo provincianismo.

Alemanha e Estados Unidos foram alguns países, fora da Suécia, onde trabalhou.

Em 1978 doutorou-se em filosofia com a tese Linguagem e mentira, e iniciou uma carreira académica que o levou à universidade norte-americana de Austin, no Estado do Texas, onde foi professor de filosofia alemã entre 1983 e 2006.

Durante este período tornou-se uma voz crítica da sociedade e do Governo social-democrata suecos.

Viveu os últimos anos em Estocolmo, onde foi uma personalidade estimada entre os intelectuais, refere a Efe.

Lars Gustafsson participou no debate sobre a digitalização e os direitos de autor e tornou-se num acérrimo defensor do papel daInternet na difusão da informação, arte e cultura.

A sua obra inclui poesia, ensaio e romances, cite-se entre outras, Tennisspelarna (1977), Bernard Foys tredje rockad (1986), Sprickorna i muren (1971-1978) e a colecção de ensaios För liberalismen (1981).

No ano passado publicou Doktor Wassers recept.

Entre outros galardões, foi distinguido com o Prix International Charles Veillon des Essais (1983), The Heinrich Steffens Preis (1986), Una Vita per la Litteratura (1989), John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellowship for poetry (1994) e o Prémio Thomas Mann (2015).

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