Worten investe 15 milhões em nova imagem e reforço da rede

A cadeia de lojas de artigos electrónicos e de electrodomésticos da Sonae faz 20 anos e prepara-se para lançar uma nova imagem na segunda-feira.

Foto
O logotipo da Worten vai manter as cores mas ganhar um "grafismo mais actual" Miguel Dantas

Entre a abertura da primeira loja Worten em Chaves (em 1996), à construção de uma rede que já vai em 180 estabelecimentos espalhados por todo o país, passaram 20 anos. A cadeia de lojas de artigos electrónicos e de electrodomésticos da Sonae vai assinalar o aniversário com uma segunda mudança de marca (a primeira foi em 2007) e novos projectos de ampliação da rede.

Durante 2016 está prevista a abertura de mais cinco lojas e a “remodelação profunda” de outras 20, que implicam um investimento estimado de dez milhões de euros, como explicaram nesta quinta-feira o administrador da Worten Portugal, Mário Pereira, e a directora de marketing, Inês Drummond Borges, num encontro com a comunicação social.

Se este processo de reformulação e abertura de lojas (em localizações ainda não divulgadas) irá ocorrer “ao longo do ano”, a nova identidade da Worten, desenvolvida pela agência Fuel, será apresentada já na próxima segunda-feira, numa campanha que inclui televisão, outdoors, rádio e Internet. À nova imagem gráfica da Worten (que mantém as mesmas cores, o vermelho e o branco, mas ganha um "grafismo mais actual"), há-de somar-se, no decurso do ano, um novo conceito de loja e uma nova plataforma online.

“Cada vez começa a ser mais difícil distinguir” o que são as compras na loja e as compras digitais, porque essas realidades cruzam-se frequentemente em situações em que as pessoas pesquisam na Internet, mas vão testar o produto em loja; ou noutras em que a venda é concretizada na loja sem que o produto lá esteja fisicamente, exemplificou Mário Pereira. Daí que o objectivo do novo conceito, que será aplicado à rede de lojas “de forma gradual ao longo do ano”, seja o de “facilitar” e tornar cada vez “mais agradável” a experiência de compra, independentemente do canal, disse o gestor.

De acordo com Inês Drummond Borges, a "fusão" entre o online e a venda em loja (onde se cruzam, por exemplo, as vendas através da Internet e aquelas que são feitas online, mas permitem a recolha em loja) representam já um quinto do negócio da Worten a nível ibérico e o peso nas receitas totais cresceu 33% no ano passado.

Fora da lista de prioridades da gestão da Worten está, por agora, a criação de um franchising da marca. “O projecto está estudado, mas não é a primeira prioridade para 2016”. Tão pouco o processo de internacionalização além Espanha, onde a Worten tem 50 lojas, está na agenda imediata: “O foco é consolidar a proposta de valor ibérica”, disse Mário Pereira.

Inês Drummond Borges recordou que as marcas próprias da Worten (que também tem actividade grossista), como a Becken, Kunft e Goodis, “têm um eixo de internacionalização próprio e já são vendidas em 12 países.

A empresa, que embora não revele a quota de mercado, garante ser líder no seu segmento em Portugal ("com um crescimento de quota de 2,5 pontos percentuais entre 2012 e 2015"), emprega actualmente 3900 pessoas no país. Sem querer adiantar quantos empregos poderão ser criados com as novas lojas, Mário Pereira frisou que a Worten não é “adepta de reduzir, mas de criar emprego”.

 

Sugerir correcção
Comentar