Somos portugueses nos EUA e queremos que nos conheçam

O fluxo de portugueses qualificados naquela país aumentou em áreas como o empreendedorismo, as artes e as humanidades

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Esta é uma associação de estudantes e de investigadores portugueses nos Estados Unidos (PAPS) que pretende percorrer o país, em Boston, com aquilo a que chamam PAPSpeakers, uma série de encontros que se vai estender, ainda este mês, à Califórnia, Nova Iorque e Texas. "A PAPSpeakers é uma série de sessões informais em que os membros partilham o seu percurso, experiência e competências académico-profissionais com outros membros", explicou à Lusa a presidente da organização, Sílvia Curado, "proporcionando oportunidades de colaboração, recomendação, mentoria e aprofundamento de relações

Catarina Nogueira, que vai abordar o tema academia versus indústria, Ana Tellechea, investigadora da escola médica de Harvard, que vai explicar o que é pesquisa translacional, e Nelson Neves, consultor na Simon Kucher & Partners, que vai falar de negócios e consultoria, serão os três oradores neste primeiro encontro.

"É objectivo da PAPS expandir esta iniciativa a todos os seus capítulos, não só na América do Norte (baía de São Francisco, Boston, Chicago, Los Angeles, Nova Iorque, Carolina do Norte, Filadélfia, Pittsburgh, San Diego, Seattle, Texas, Toronto, Washington DC) como também em Portugal entre os seus membros 'alumni'", explicou a presidente.

Silvia Curado acredita que a iniciativa valoriza o aspecto académico-profissional da organização, precisamente "a componente que confere à sua rede um valor inestimável em termos de conhecimento, recursos, experiência e ligação a instituições e empresas de referência na América do Norte".

A cidade de Boston foi escolhida para o primeiro evento por ser um dos núcleos mais dinâmicos, com maior número de membros. "É uma cidade muito atractiva em termos académicos, com várias universidades mundialmente reconhecidas. Por esta razão, a maior parte dos membros PAPS está ligada a universidades e principalmente à investigação científica", segundo a vice-presidente da organização, Ângela Crespo.

De acordo com a mesma responsável, nos últimos anos tem-se verificado um fluxo de portugueses qualificados em áreas cada vez mais diversas, como o empreendedorismo, as artes e as humanidades. "Assim, as sessões PAPSpeakers permitirão aos membros tomar contacto com portugueses não só na sua área profissional, mas também conhecer outras realidades e, quem sabe, gerar colaborações multidisciplinares", observou CrespoA série PAPSpeakers teve início no Chapter de Nova Iorque, contando com a colaboração da AICEP-Nova Iorque. 

A PAPS (sigla em inglês de Portuguese American Post-graduate Society) existe desde 1998 e, com cerca de 2.000 membros, procura desenvolver as relações entre a comunidade de estudantes e investigadores portugueses nos EUA e a sociedade norte-americana. 

 

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