Em Filadélfia, o Papa insiste no valor da família

Na recta final da visita aos EUA, Francisco arrancou gargalhadas àqueles a quem também comoveu, no Encontro Mundial de Famílias.

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AFP PHOTO / VINCENZO PINTO
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O Papa discursa REUTERS/Brian Snyder
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Aretha Franklin actua durante a cerimónia REUTERS/Tony Gentile
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O actor Mark Wahlberg fala durante a cerimónia REUTERS/POOL
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Bailarinos do Philadelphia Ballet actuam REUTERS/Tony Gentile

Francisco comoveu muitos milhares de pessoas ao falar no Encontro Mundial de Famílias (EMF), em Filadélfia, mas também arrancou gargalhadas, com a forma bem-humorada como descreveu os problemas do quotidiano. “Nas famílias, por vezes, há pratos a voar, os filhos dão dores de cabeça e… não vos vou falar das sogras”, disse, provocando risos àqueles que emocionou, durante as duas horas em que esteve em palco, e a quem garantiu que em família “as dificuldades se superam com amor”.

Nas imagens transmitidas pela RTP pode ver-se o sorriso do Papa, nesta recta final da visita aos EUA, e ouvir o riso da assistência, milhares de pessoas que, segundo a agência Ecclesia, receberam Francisco “em euforia”, no Benjamin Franklyn Parkway. Também podem ser observadas freiras a dançar, num encontro que incluiu momentos de reflexão, mas também música –  por Aretha Franklin, o cantor colombiano Juaes e o tenor Andrea Bocelli, entre outros –, num espectáculo apresentado pelo actor e produtor Mark Wahlberg.

O Papa, que falou de improviso, ainda recordou conversas com trabalhadores do Vaticano que aparecem com “olheiras” depois de noites sem dormir, porque “os filhos dão trabalho”. Mas fê-lo para insistir que “vale a pena a vida em família” e que “uma sociedade cresce forte, boa, bonita, verdadeira se for edificada sobre a base da família”.

A propósito, relata a agência Ecclesia, Francisco disse que uma vez foi questionado por uma criança sobre o que fazia Deus antes de criar o mundo, "uma pergunta difícil”, admitiu. A resposta foi: “Deus amava, porque Deus é amor”, “um amor tinha de sair de si próprio”. “Uma família é verdadeiramente família quando é capaz de abrir os braços e receber todo esse amor [de Deus]”, prosseguiu.

Na sua intervenção, o Papa retomou uma das preocupações por si manifestadas repetidamente, reclamando a atenção necessária para as novas gerações e para os mais velhos. “Um povo que não sabe tratar das crianças e dos avós é um povo sem futuro, porque não tem a força nem a memória que o faça avançar”, alertou.

Neste domingo, às 16h locais (21h em Lisboa), o Papa preside à missa conclusiva do EMF 2015, de novo no Benjamin Franklin Parkway, naquele que é o último acto público da décima viagem ao estrangeiro deste pontificado.

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