Nós, cidadãos! diz que grandes partidos "são maus a governar"

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O movimento evocou a mega-manifestação de há três anos Enric-Vives Rubio

O cabeça de lista por Lisboa do partido Nós, Cidadãos!, Mendo Henriques, afirmou esta terça-feira que os grandes partidos são bons a ganhar eleições mas "são maus a governar", considerando ser necessário experimentar um Governo com forças diferentes.

"Nós temos os grandes partidos que são boas máquinas de ganhar eleições mas são maus a governar", disse Mendo Henriques, em declarações aos jornalistas, durante um comício/festa que decorreu no Terreiro do Paço, em Lisboa, para assinalar as manifestações de 15 de Setembro de 2012.

O candidato a deputado do Nós, Cidadãos defendeu que "é preciso fazer a experiência de forças diferentes [a governar], forças alternativas, que não têm uma máquina tão feroz, evidentemente, mas que têm propostas políticas muito concretas".

Afirmando ter prometido assinalar a passagem dos três anos das manifestações de 15 de Setembro de 2012, Mendo Henriques considerou que o dia "vai ficar na história de Portugal porque é a data em que todos os portugueses e portuguesas afirmaram que o Estado social não é apenas uma conquista de partidos, mas deve ser uma conquista dos cidadãos".

Para o dirigente do partido, as reivindicações de 2012 continuam actuais nos dias que correm.

"Não basta fazer promessas de emprego do ponto de vista do Estado, o que é preciso é que quem chega a governar saiba utilizar as políticas públicas e os instrumentos ao seu dispor para favorecer quer as forças de mercado, quer a sociedade civil", vincou.

Em relação ao caso dos cidadãos "lesados do BES", Mendo Henriques defendeu que "o mínimo que podia ser feito era pagar as custas judiciais do processo", pois o "cidadão comum tem uma enorme dificuldade no acesso à justiça".

Mendo Henriques referiu também ter convidado para o comício os organizadores do 15 de Setembro, incluindo o dirigente da coligação Agir, Nuno Ramos de Almeida, que não pôde estar presente.

Questionado sobre o arranque da campanha eleitoral, a 20 se setembro, o líder do Nós, Cidadãos! afirmou que o partido irá apostar em "no inédito e no inusitado" para chamar a atenção das pessoa.

"Por trás do inédito e do inusitado existe a gravidade da situação dos portugueses, o declínio de uma classe média que, como mostrou no 15 de Setembro, está cada vez mais descontente com as soluções austeritárias, e nós achamos que podemos estar à frente desse descontentamento com outras forças emergentes", concluiu.
 

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