Nova presidente da FCT considera fundamental continuar reformas científicas

Maria Arménia Carrondo tomou posse à frente da principal entidade de financiamento pública, na segunda-feira.

Foto
Maria Arménia Carrondo DR

A investigadora Maria Arménia Carrondo, que tomou posse na segunda-feira como presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), considerou “fundamental continuar a consolidação das políticas” de reforma do sistema científico português.

Maria Arménia Carrondo, investigadora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova de Lisboa, sucede a Miguel Seabra, que se demitiu há duas semanas da presidência da FCT, invocando “razões pessoais”. A restante equipa da direcção da FCT – o vice-presidente, Pedro Carneiro, e os vogais Paulo Pereira e João Nuno Ferreira – mantém-se em funções.

A investigadora, que fez parte do Conselho Científico para as Ciências da Vida e Saúde da FCT e foi assessora da direcção da FCT liderada por Miguel Seabra, defendeu, na cerimónia de posse, em Lisboa, ser “fundamental continuar com a consolidação das novas políticas introduzidas no sistema” científico nacional, realçando o papel do anterior conselho directivo nas “reformas profundas na organização e nos mecanismos de financiamento” e no “reforço da qualidade e competitividade” do sector.

Maria Arménia Carrondo disse que espera “a ajuda e paciência de todos”, funcionários e restante equipa directiva, nas novas funções, e que conta com “a análise crítica e construtiva” da comunidade científica. Questionada sobre prioridades, afirmou que, primeiro, terá de estudar os “dossiers”.

Para o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, que, no final da sessão, não falou aos jornalistas, “o barco fica em boas mãos” com Maria Arménia Carrondo.

A nomeação de Maria Arménia Carrondo para o cargo de presidente da FCT foi aprovada na última quinta-feira, em Conselho de Ministros. Professora catedrática do Instituto de Tecnologia Química e Biológica, desde 1998, coordena a Unidade de Cristalografia Macromolecular e o grupo de investigação em Genómica Estrutural. É a primeira vez que a FCT é presidida por uma mulher.

A FCT, entidade pública que financia a investigação científica portuguesa, tem sido alvo de críticas por parte de bolseiros, devido aos cortes no número de bolsas atribuídas. E, mais recentemente, alvo de críticas dos centros de investigação, das universidades e dos sindicatos do sector, que apontam irregularidades a um processo de avaliação destinado à atribuição de financiamento das unidades científicas até 2020. A FCT, ainda no mandato de Miguel Seabra, e a tutela consideram que a avaliação foi feita com rigor e transparência.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários