Syriza avança com novas medidas para refugiados na Grécia

Partido do Governo prometeu uma abordagem "mais humana" ao problema da imigração numa das principais portas de entrada na União Europeia.

O Governo liderado por Alexis Tsipras reuniu-se extraordinariamente esta terça-feira para rever a sua estratégia de acolhimento dos imigrantes, preparando-se para o previsível aumento de chegadas nos meses de Verão. Só nos últimos quatro dias terão entrado no país cerca de 700 novos imigrantes, a maioria através das ilhas.

A Grécia é já um dos países europeus onde historicamente se registam maiores afluências de imigrantes e refugiados, em virtude da sua posição geográfica e das especificidades da sua costa. Segundo dados da agência AFP, no ano de 2014 chegaram à Grécia 43.518 imigrantes por via marítima e 1.903 através das fronteiras terrestres do território. É ainda indicado que no primeiro trimestre de 2015, o número de imigrantes aumentou, de 2.863 para 10.445, face a igual período do ano anterior.

A Ministra da Imigração, Tassia Christodoulopoulou, disse a um canal televisivo grego que, a este ritmo, o número de recém-chegados ao país será de cerca de 100.000 pessoas até ao final do ano.

Uma das medidas imediatas decididas na reunião aponta para a transferência de todos os imigrantes que se encontram nos Centros de Detenção do país, a maioria situados ao longo das várias ilhas do mar Egeu, para os Centros de Acolhimento em território continental grego, onde será feita uma triagem entre refugiados (maioritariamente sírios) e imigrantes ilegais.

Um comunicado divulgado no final da reunião do governo Syriza (que prometeu uma abordagem mais “humana” ao problema da imigração) refere ainda que as autoridades gregas vão disponibilizar edifícios e terrenos suplementares para criar novos centros de acolhimento.     

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