Em Portugal, 17.200 pessoas assinaram uma petição pela libertação de Badawi; em todo o mundo o documento já foi assinado por 63 mil.

Raif Badawi, que tinha um blogue, o Liberais Sauditas, em que debatia questões de cidadania, entre elas a separação de poderes no reino, foi preso e condenado. O tribunal considerou que o blogue "punha em risco a ordem pública e ridicularizava personalidades islâmicas”.

No dia 9 de Janeiro, foi submetido às primeiras chicotadas públicas - o castigo foi repartido em sessões de 50 chicotadas. A aplicação desta parte da pena foi suspensa porque os médicos da prisão onde está detido consideraram que, depois do primeiro castigo, o seu estado de saúde ficou muito debilitado.

O seu caso foi enviado para o Supremo Tribunal da Arábia Saudita pelo rei Abdullah, que morreu recentemente, para reavaliação. A Amnistia Internacional está a apromover uma campanha mundial pela sua libertação, com vigílias em várias cidades do mundo.

Na terça-feira, o príncipe Carlos de Inglaterra pediu ao novo monarca saudita, Salman, para rever o processo de Badawi e libertá-lo.