Miguel Gomes nos Cahiers e Joaquim Pinto no Le Monde e Les Inrocks

As 1001 Noites, o novo filme do realizador de Tabu, é um dos filmes mais esperados do ano enquanto E Agora? Lembra-me é considerado dos melhores filmes de 2014.

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O novo filme de Miguel Gomes chega aos cinemas este ano Dario Cruz

Para os Cahiers, As 1001 Noites, que transporta o clássico da literatura persa para a realidade do Portugal em crise contemporâneo, é um dos nove filmes que a redacção da revista destacou na sua edição de Janeiro de entre as obras anunciadas para o ano que agora começa – a par das novas realizações do tailandês Apichatpong Weerasethakul, do holandês Paul Verhoeven ou do francês Philippe Garrel. A escolha dos Cahiers confirma que as expectativas estão muito elevadas para o realizador de Aquele Querido Mês de Agosto, na sequência da aclamação internacional obtida por Tabu, estreado no festival de Berlim em 2012 (onde venceu o prémio Alfred Bauer) e lançado comercialmente em mais de 15 países.

O novo filme, escrito pelo realizador com os seus colaboradores habituais Mariana Ricardo e Telmo Churro a partir de casos verídicos pesquisados por uma equipa de jornalistas composta por Maria José Oliveira, Rita Ferreira e João de Almeida Dias, fora já alvo de uma reportagem sobre as filmagens publicada em Agosto no jornal New York Times. Aos Cahiers du Cinéma, Miguel Gomes avançou que As 1001 Noites, co-produzido com a Alemanha, a França e a Suíça, deverá ser uma “trilogia” com uma duração total de sete horas e meia. Os holofotes parecem estar assestados para a sua “revelação” na edição 2015 do festival de Cannes.

Na mesma altura em que os Cahiers lançavam o seu número de Janeiro, o jornal Le Monde divulgou os melhores filmes de 2014 para a sua equipa de nove críticos, que escolheram cada um cinco filmes para representar o ano findo. Para Aureliano Tonet, a lista é encimada por E Agora? Lembra-me, o filme-ensaio-diário de Joaquim Pinto, que viu estreia comercial em França há poucas semanas com grande aplauso da crítica. E Agora? Lembra-me é igualmente um dos dez melhores filmes de 2014 para Luc Chessel, crítico da revista Les Inrocks

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