Os melhores arranha-céus de 2014
Uma torre na Austrália com um jardim vertical ganhou o prémio mais importante.
O Council on Tall Buildings and Urban Habitat atribuiu ao edifício One Central Park, em Sydney, na Austrália, o título de “Melhor Arranha-Céus do Mundo" na 13.ª edição do prémio, que teve lugar em Chicago, um ícone na história da arquitectura dos edifícios altos.
O júri apreciou 88 entradas, tendo dividido os finalistas por quatro zonas geográficas. O prémio atribuído pelo conselho, que faz parte do Illinois Institute of Technology, foi dado dia 7.
A torre em Sydney, que é um conjunto residencial com 623 apartamentos acabado no final de 2013, foi desenhada pelo atelier do arquitecto francês Jean Nouvel e pelo botânico Patrick Blanc, também francês, que trabalharam juntos, por exemplo, no Museu do Quai Branly, em Paris. “Este projecto é sobre a visibilidade do desenho sustentável", diz Bertram Beissel, sócio de Jean Nouvel, durante a apresentação do vencedor e citado pelo comunicado do prémio. “Se nós fizermos todos estas coisas sustentáveis e ninguém as vir, elas realmente existem? As escolhas que fazemos para o nosso futuro sustentável não podem ser feitas no futuro. Têm de ser feitas agora."
Patrick Blanc, que tem plantado os seus jardins verticais um pouco por todo o mundo (um deles é no Dolce Vita Tejo, Amadora, desenhado em 2009), fez no One Central Park, em Sydney, o seu jardim mais extenso, com as plantas a subirem até ao trigésimo-terceiro andar, diz o comunicado. A torre de habitação, desenhada por Nouvel, deverá ter metade das suas fachadas cobertas, à medida que as plantas crescerem.
"Ao todo há 450 tipos diferentes de plantas, 250 das quais são espécies locais. Quando o edifício é tão alto, pode haver muitos ventos fortes, por isso instalei uma grelha metálica bastante fechada para ter a certeza de que as plantas estão seguras,” explicou Blanc. “O edifício, com o meu jardim vertical, será uma peça arquitectónica a flutuar no ar.”
O júri sublinha que a torre recorre a duas tecnologias sofisticadas - a hidroponia e o helióstato. A hidroponia permite cultivar plantas sem solo, utilizando apenas elementos nutritivos líquidos. Com o helióstato, que aqui é colocado em consola, consegue redireccionar-se a luz solar. À noite, o helióstato em consola transforma-se numa obra de arte com tecnologia LED, assinada pelo artista francês Yann Kersale.