Receitas da Alibaba crescem 54% e acções batem recorde

Ganhos com as compras feitas em dispositivos móveis dispararam 1020%.

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A empresa domina o comércio online na China Carlos Barria/Reuters

A Alibaba deu mais uma razão de contentamento aos investidores que participaram em Setembro na maior entrada em bolsa de sempre. Na primeira apresentação de contas após a estreia na Bolsa de Nova Iorque, a gigante chinesa do comércio online comunicou um aumento de 54% nas receitas ao longo do trimestre passado: totalizaram 16.829 milhões de ienes (cerca de 2190 milhões de euros).

O crescimento deve-se em parte aos utilizadores de telemóveis e tablets. As receitas geradas por estes utilizadores dispararam 1020% face ao mesmo trimestre do ano passado e passaram a representar 22% do total. As compras em dispositivos móveis são um desafio para os comerciantes online, já que estes aparelhos são cada vez mais usados, mas oferecem por vezes uma experiência de utilização mais complexa, que pode dificultar as transacções.

Logo no primeiro dia depois da entrada na Bolsa de Nova Iorque, escolhida em parte para simbolizar a ambição da Alibaba de se expandir para lá do mercado chinês, os primeiros investidores tinham sido compensados com uma subida superior a 40% na cotação das acções. A meio da tarde desta terça-feira, após os resultados serem conhecidos, as acções estão a ser transaccionadas por um preço próximo dos 104 dólares, o mais elevado de sempre para a empresa.

Já os lucros da empresa registaram um recuo, caindo 39% para 394 milhões de euros. Contudo, ajustando este valor para serem retiradas algumas despesas pontuais, entre as quais o pagamento de prémios a executivos, os lucros cresceram 16%.

Com vários serviços de vendas online, a Alibaba domina o mercado na China, que é o país do mundo com mais utilizadores de Internet. A empresa tem site homónimo que é um portal de vendas entre empresas. Um outro, chamado Taobao, é semelhante ao eBay, permitindo a particulares e pequenas empresas venderem directamente a consumidores. O Tmall é um site de vendas online para ser usado por grandes empresas que queiram vender aos consumidores chineses. Opera ainda um serviço de pagamentos online, como o PayPal.

O volume das transacções feitas através dos sites da Alibaba é mais elevado do que o do eBay e da Amazon juntos. Mas as receitas obtidas pela empresa são menores do que as dos rivais norte-americanos. A Amazon teve receitas de 16,4 mil milhões de euros no trimestre passado (embora tenha tido prejuízo), ao passo que o eBay facturou 3467 milhões de euros.
 

Artigo corrigido: O título indicava erradamente que as receitas da empresa tinham duplicado. Na verdade, o crescimento é de 54%.

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