Providência cautelar ameaça início do campeonato

O Técnico deverá apresentar nesta quinta-feira uma acção em tribunal para tentar travar o actual Regulamento Geral de Competições

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João Cordeiro

O Técnico deverá apresentar ainda nesta quinta-feira uma providência cautelar para impedir que o actual Regulamento Geral de Competições da Federação Portuguesa de Rugby (FPR) continue a ser válido. O avanço dos “engenheiros” para tribunal surge na sequência de divergências entre o clube das Olaias e a federação em relação à utilização de jogadores comunitários nas provas nacionais.

Em declarações ao P3 Râguebi, Pedro Lucas, presidente do Técnico, revelou que antes de avançar para os tribunais os “engenheiros” contactaram os restantes clubes nacionais com o objectivo de dar a possibilidade aos mesmos de “dizerem alguma coisa”. “Este é um alerta aos clubes. Há muito que avisamos a federação e perguntamos por escrito qual era a intenção deles em relação aos jogadores comunitários. Responderam “nim”. Questionamos também o Conselho de Justiça (CJ) que remeteu para o Regulamento Geral de Competições”, refere Pedro Lucas.

Segundo o dirigente, “a direcção da FPR e o CJ estão a desrespeitar a lei, os acordos internacionais e as recomendações da Secretaria de Estado do Desporto para o seu cumprimento”, pelo que não resta aos “engenheiros” outra alternativa a não ser recorrer aos tribunais, visto que a FPR é “a única federação desportiva a ter um regulamento ilegal e contrário a toda a legislação comunitária”.

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Pedro Lucas salienta que em Portugal há “centenas de atletas, em todas as modalidades, a estudar ao abrigo do Erasmus, que praticam livremente as suas modalidades em clubes europeus”, dando o exemplo de “certos colégios britânicos onde jogam mais de três jogadores portugueses em simultâneo”.

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O líder do Técnico acusa a FPR de ignorar “os cidadãos europeus que vivem e trabalham” em Portugal, “restringindo ilegalmente os seus direitos” ao não autorizar que um clube possa utilizar mais do que três jogadores não elegíveis para a selecção nacional, não impedindo, porém, que “vários clubes sejam privados dos seus melhores jogadores” com transferências internas.

Em face disto, o Técnico considera que “resta o recurso aos tribunais”, após “esgotada a possibilidade de diálogo”. Pedro Lucas diz acreditar que será “reposta a legalidade” e alerta que daí podem “resultar sérias punições à FPR” e que "o campeonato pode mesmo ser suspenso”.

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