Relações entre Portugal e Moçambique podem aprofundar-se "em termos quantitativos"

A cooperação poderá passar por sectores como a energia, industrialização, cultura e educação, sustentou Machete.

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Rui Machete é o chefe da diplomacia portuguesa Miguel Manso

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, admitiu esta quarta-feira que as relações entre Portugal e Moçambique podem aprofundar-se “em termos quantitativos”, mas sublinhou que a “excelência da qualidade das relações é dificilmente superável”.

Para o chefe da diplomacia portuguesa, “é sempre possível” aumentar as relações entre os dois países, “pelo menos em termos quantitativos, porque em termos qualitativos o nível de excelência é dificilmente superável”.

Rui Machete falava aos jornalistas na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, onde se deslocou esta quarta-feira de manhã o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, que se encontra até quinta-feira em visita oficial a Portugal a convite do seu homólogo português, Aníbal Cavaco Silva.

Na terça-feira, Guebuza defendeu o reforço das relações económicas e da cooperação entre Maputo e Lisboa, considerando que Portugal "ainda pode fazer um bocadinho mais" em termos de investimento no seu país, apesar da crise.

A cooperação, sustentou Machete, poderá passar por sectores como a energia, industrialização, cultura e educação. “Há muita coisa para fazer e muita predisposição para que as coisas se comecem a concretizar”, afirmou.

O ministro defendeu ainda que a presidência portuguesa do G-19, grupo de doadores internacionais de Moçambique, representa o “reconhecimento da política nacional quanto à África de expressão portuguesa”.

Portugal, que este ano já participa na troika de direcção do G-19 e que assume a presidência em Junho de 2015, terá assim “grandes oportunidades de ajudar muito Moçambique”, disse.

Sobre a visita a Portugal de Armando Guebuza, que se encontra na recta final do seu último mandato como Presidente da República de Moçambique, Rui Machete salientou que demonstra “a amizade e a cooperação” entre os dois países e permitiu que “ambos os chefes de Estado revelassem o interesse e a importância que atribuem à CPLP”.

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