Um passo decisivo para a Guiné-Bissau

Dois anos depois do golpe de Estado e um mês após as eleições presidenciais, José Mário Vaz (ex-ministro das Finanças do governo derrubado) tomou ontem posse como Presidente eleito da Guiné-Bissau, ficando a faltar a nomeação do governo que terá Domingos Simões Pereira por primeiro-ministro. É um importante passo para que o país recupere o tempo perdido e abrace um caminho “de reconciliação e estabilidade”, como lembrou Ramos-Horta, representante especial da ONU na Guiné-Bissau, no final da sua missão no país (PÚBLICO, 24/6). “Acredito”, escreveu ele, “que a Guiné-Bissau entrou numa nova era, mais promissora. E a comunidade internacional não pode trair este povo sofredor, paciente e humilde, que em nós deposita todas as suas esperanças.” Mas por detrás das bonitas palavras de circunstância esperam-se actos. E esses terão de vir da nova liderança guineense. Que o possam fazer em paz é o desejo de todos.

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