Candidato do PND defende "mais e melhor justiça"

Eduardo Welsh disse que os cartazes alusivos à campanha eleitoral que o PND está a desenvolver serão afixados apenas na Madeira.

O cabeça de lista do Partido Nova Democracia (PND) às eleições europeias, Eduardo Welsh, defendeu esta segunda-feira ser necessário uma melhor justiça, considerando que as reformas efectuadas neste sector até agora não foram eficazes.

"Precisamos de mais e melhor justiça e as reformas que foram feitas não atingiram esse objectivo", disse o candidato, numa iniciativa da campanha eleitoral em frente ao Tribunal Judicial do Funchal.

Eduardo Welsh argumentou que, embora este seja um tema importante para a Europa, "curiosamente, nem a Europa, nem a Comissão Europeia, nem os eurodeputados portugueses parecem muito preocupados com a Justiça".

"Foi preciso a troika entrar em Portugal para haver alguma preocupação com a Justiça que afecta também a nossa concorrência a nível europeu e é um tema que toca na corrupção e na celeridade dos processos", disse.

No entender do cabeça de lista do PND, é necessária "uma justiça mais célere, mais transparente, onde os processos não prescrevam e haja igualdade para todos perante a lei", vincou, acrescentando que esta não pode ser "condicionada pelos meios disponíveis, pela falta de empenho, nem pelas leis" portuguesas vigentes.

O candidato salientou também que o PND não é antieuropeu, sendo "a favor de uma Europa mais justa, onde os países possam decidir o seu futuro". "Os partidos que se dizem pró-Europa são os que realmente são contra a Europa, não escutam a vontade da população", apontou Welsh, indicando que o PND pretende nesta campanha "levantar vários debates e um deles é sobre o euro, pois não basta dizer que somos reféns do euro".

"Se somos reféns então é melhor nos libertarmos", realçou, propondo um debate para explorar todas as alternativas para resolver o problema que se tornou a adesão a união monetária. Segundo Eduardo Welsh, "existem sempre soluções e, se os bancos europeus e estrangeiros já estudaram soluções e as consequências da saída de países do euro, porque não o fazem os governos?"

Falando sobre a campanha eleitoral que o PND está a desenvolver, o candidato admitiu que o material, designadamente os cartazes, serão afixados apenas na Madeira.

"Não foi possível fazer cartazes a nível nacional", frisou, explicando que, por esta razão, o tema é mais regional, aparecendo as imagens de três empresários madeirenses e o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, para ilustrar que "quem foi beneficiado pelos fundos europeus e obras públicas foi meia dúzia de empresários" neste arquipélago.

Sugerir correcção
Comentar