Violência regressa à fronteira entre Israel e Gaza

Rockets voltam a cair em Israel horas depois de aviação ter bombardeado Gaza.

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Aviões e tanques israelitas atacaram 29 alvos em Gaza durante a noite Jack Guez/AFP

Novos rockets caíram na manhã desta quinta-feira em Israel, horas depois de os aviões israelitas terem atacado três dezenas de alvos na Faixa de Gaza, em retaliação por disparos reivindicados por militantes da Jihad Islâmica.

Os Grad, rockets de fabrico iraniano, explodiram em áreas desabitadas entre as cidades de Ashkelon e Ashdod, onde as sirenes voltaram a soar mal foram os disparos foram detectados pelos radares. A edição online do jornal Ha’aretz noticia que em Ashdod, a quinta maior cidade israelita, na costa do mediterrâneo, as escolas que não estão equipadas com bunkers receberam ordens para enviar os estudantes para casa.  

Na véspera, as autoridades israelitas contabilizaram 70 disparos de rockets feitos a partir de Gaza, na mais intensa barragem de fogo em quase dois anos, adianta a Reuters. Ainda assim, há apenas registo de uma mulher que ficou ferida quando corria para um dos abrigos anti-aéreos.

Os disparos foram reivindicados pela Jihad Islâmica, movimento islamista com forte presença em Gaza, que disse tratar-se de uma resposta à morte, no dia anterior, de três dos seus militantes.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou que iria “retaliar com mais força” e, durante a noite passada, a aviação e a artilharia israelita atacaram 29 alvos na Faixa de Gaza, território palestiniano controlado pelo Hamas. O correspondente da BBC no local adiantou que os alvos prioritários foram instalações usadas pelas alas militares dos dois movimentos islamistas, incluindo um edifício do Hamas situado junto a um hospital, mas não há registo de feridos.

Preocupado com o ciclo de ataques e retaliações, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, pediu a Israel que “ponha fim à escalada militar contra Gaza”. Uma fonte palestiniana adiantou também que responsáveis do Egipto, país que tem mediado as crises na região, “já fizeram contactos com as duas partes para tentar restabelecer rapidamente a calma”.

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