Receitas das telecomunicações móveis caíram 11% em 2013
Portugueses falam mais tempo ao telemóvel graças a ofertas com chamadas ilimitadas e mandam menos SMS devido a serviços como o WhatsApp.
O volume de receitas acumuladas dos serviços a clientes finais de telecomunicações móveis atingiu cerca de 1999 milhões de euros em 2013, o que traduz uma quebra de 11% face ao período homólogo, revelou nesta quinta-feira a entidade reguladora do sector, Anacom.
"De acordo com os dados do Barómetro de Telecomunicações da Marktest, o valor médio da mensalidade do serviço móvel no final do quarto trimestre de 2013 era de 14,50 euros", refere o relatório estatístico do serviço móvel da Anacom, referente ao quarto trimestre do ano passado.
De acordo com a análise, a TMN/Meo continuava a liderar em quota de mercado (45%), seguindo-se a Vodafone (38,3%) e a Optimus (13,5%). A Zon, com que a Optimus se fundiu no ano passado, tinha uma quota de 1,3%.
O volume de minutos originados nas redes móveis aumentou 9,6% no quarto trimestre de 2013, face ao mesmo período do ano passado, um crescimento que a Anacom atribui ao lançamento de ofertas com chamadas ilimitadas.
O número de minutos de conversação por estação móvel com utilização efectiva (12 milhões excluindo placas/modem e equipamentos M2M) foi, em média, de 162 por mês. Destes, 119 foram minutos para a mesma rede e outros 26 foram para outras redes, enquanto oito tiveram como destino a rede fixa.
A duração média das chamadas originadas na rede móvel (excluindo placas/modem e equipamentos M2M) neste trimestre foi de 150 segundos por chamada, mais 3 segundos do que no trimestre anterior.
A Anacom revela ainda que, no final do ano passado, existiam em Portugal cerca de 4,7 milhões de utilizadores efectivos de banda larga móvel. Este número representa um acréscimo de 9% face ao trimestre anterior e de 5,7% em temos homólogos.
Os utilizadores deste serviço já representam 35,3% do total de cartões com utilização efectiva – 13,2 milhões – e a Anacom atribui a evolução à Internet no telemóvel, “nomeadamente aos tarifários que integram voz e dados móveis, e à crescente penetração dos smartphones”, que atingiu 40,4% em Dezembro.
No caso dos SMS, o envio caiu 6,1%, para 6,5 mil milhões de mensagens escritas. Segundo a Anacom, o número médio mensal de mensagens enviadas por utilizador deste serviço foi de 286 (cerca de 10 mensagens por dia). A entidade reguladora refere que o “tráfego de mensagens tem sofrido um abrandamento nos últimos trimestres devido ao aparecimento de formas de comunicação alternativas”. É o caso dos serviços de mensagens transmitidas via Internet, como o WhatsApp.
No final do ano, a penetração do serviço móvel em Portugal era de 159,8 por 100 habitantes, enquanto a taxa de penetração das estações móveis com utilização efectiva era de 126 por 100 habitantes.