Acabou o prazo de prémio milionário para quem fabricar carne de frango artificial

A organização norte-americana que oferecia a recompensa decidiu retirá-la a por falta de concorrentes.

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Portugal não fornece quaisquer dados sobre presença de bactéria Campylobacter na carne de aves Fernando Veludo

A PETA (Pessoas a Favor do Tratamento Ético dos Animais), uma organização norte-americana de defesa dos direitos dos animais, decidiu esta semana acabar com o prémio de um milhão de dólares que oferecia, desde 2008, a quem conseguisse fabricar pela primeira vez carne de frango comercialmente viável a partir de células de frango em cultura.

Segundo noticiou online a revista Science, apesar de ter prolongado por mais dois anos a data limite inicial de entrega de candidaturas, a organização não conseguiu atrair potenciais concorrentes. O prazo adicional terminou a 4 de Março e, desta vez, a PETA não o renovou.

A carne de frango artificial não parece estar actualmente na mira dos especialistas, mas tem de facto havido, recentemente, avanços na produção de hambúrgueres artificiais no laboratório.

“Embora o prazo do prémio tenha agora expirado, o concurso do frango in vitro da PETA foi um sucesso esmagador”, lê-se num comunicado publicado no site daquela organização. “Desde o anúncio do nosso prémio, as pesquisas sobre a carne in vitro têm progredido imenso e a produção comercial de hambúrgueres de vaca ou de porco deverá tornar-se realidade num futuro não muito distante.” O documento salienta ainda que “outra boa notícia” é que “a ciência utilizada [nesses desenvolvimentos] poderá um dia permitir a criação de frangos in vitro”, poupando assim os milhões de frangos consumidos todos os dias no mundo inteiro.

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