Despedimentos, o consenso falhado

O Governo ambicionava um consenso em torno dos critérios para despedimento. Mas o consenso falhou. Das seis condições iniciais, a começar na “avaliação de desempenho” e a acabar na “menos débil situação económica e familiar”, caiu a última, satisfazendo um desejo da UGT. Mas isso não impediu a central sindical de virar as costas ao acordo, dizendo claramente que os novos critérios mantêm “a subjectividade e a discricionariedade” originais. Quanto à CIP, também não dá aval ao diploma, precisamente porque se batia pela eliminação de qualquer hierarquia nos critérios (hierarquia essa que a UGT aplaude e o texto consigna). Sendo assim, ficando o Governo como único defensor da proposta que segue para a Assembleia da República, espera-se um animado debate. Talvez aí sejam finalmente clarificados os critérios (ainda vagos) para, como já aqui se defendeu, tornar os métodos legais de despedimento transparentes e inatacáveis.

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