Nuno Crato quer professores nas escolas inglesas para promover o português

Proposta de formação de professores com o Reino Unido a financiar.

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Adriano Miranda

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, vai propor a formação de professores britânicos para promover o ensino da língua portuguesa no Reino Unido, durante um encontro com o homólogo britânico, Michael Gove, nesta terça-feira, no Reino Unido.

"Vou insistir para que haja mais ensino do Português em Inglaterra e propor fazermos a formação dos professores", adiantou o ministro. Nuno Crato disse que vai ainda sugerir que professores portugueses possam visitar escolas inglesas durante um certo período, para colaborar no ensino do português, mas que os custos sejam suportados pelo governo britânico.

O ministro sublinhou que esta expansão do ensino da língua portuguesa é importante não só para afirmar o idioma, como para beneficiar os filhos dos emigrantes portugueses.

A língua portuguesa foi recentemente identificada num estudo do British Council como um dos dez idiomas estrangeiros mais importantes para os próximos 20 anos no Reino Unido, que, a partir de 2014, torna obrigatório o ensino de idiomas estrangeiros no ensino primário a partir dos sete anos.

Actualmente existem no Reino Unido 11 escolas que oferecem o Português como língua estrangeira curricular, a maioria secundárias, 63 outras com aulas em regime extra-curricular, frequentadas sobretudo por crianças lusófonas.

A Coordenação do Ensino do Português no Reino Unido, que faz parte dos serviços da embaixada, tem estado a trabalhar para apoiar mais escolas primárias a escolherem o Português como língua estrangeira, através do acesso a materiais didácticos e da formação de professores, em colaboração com universidades britânicas.

O ministro português quer também discutir com o homólogo britânico as políticas educativas naquele país, mostrando interesse na reforma curricular em curso em Inglaterra "em termos de autonomia curricular das escolas".

Nuno Crato encontra-se na capital britânica a convite de Michael Gove, para participar no Fórum Mundial de Educação, que decorre até quarta-feira.

No Fórum participa também o vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, que interveio na segunda-feira numa das sessões plenárias e que nesta terça-feira estará presente numa sessão com potenciais clientes de empresas portuguesas do consórcio 'E-xample', que estão no evento a promover tecnologias ligadas ao ensino, como painéis interactivos.

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