A greve da função pública realizado no passado dia 8 de Novembro teve uma adesão de 23%, segundo os dados disponibilizados esta sexta-feira pelo Governo, A percentagem sobe para 35,5% se for considerado apenas o sector público de saúde. No dia da greve, os sindicatos reivindicaram adesões entre 70 e 100%.

Os dados do Governo partem de um inquérito realizado junto das 1321 entidades que constituem a administração do Estado e que teve uma média de respostas de 75,4%. O universo de funcionários públicos em condições de aderir à greve, segundo a Direcção-geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), era de 292.005 e, destes, 67.102 não foram trabalhar no dia 8 de Novembro, correspondendo ao apelo dos sindicatos.

É nos órgãos de soberania e entidades independentes que se encontra a percentagem mais elevada de adesões, com 42,6% dos 9472 funcionários a observarem a paralisação. Incluem-se nesta área do Estado os tribunais portugueses e outros organismos da administração pública. 

No ranking das adesões mais elevadas, seguem-se os estabelecimento de saúde, com quase 28 mil trabalhadores a faltarem no dia 8 de Novembro, num quadro em que havia 78 mil funcionários (médicos, enfermeiros e de outras categorias) em condições de fazerem greve.

No Ministério das Finanças, 31,8% dos funcionários não compareceram nas suas repartições, e no Ministério da Educação a greve abrangeu 17,4% do total de trabalhadores. Neste caso concreto, a paralisação do início do mês teve resposta positiva por parte dos funcionários das escolas do básico e do secundário e apenas 8% nas outras entidades que são tuteladas por Nuno Crato.   

O Ministério da Defesa foi aquele onde a adesão foi mais baixa. Apenas 3,3% dos 5700 trabalhadores em condições de fazerem greve decidiram não comparecer nos seus postos de trabalho.