Três satélites vão atrás do campo magnético da Terra

Protege-nos das partículas lançadas pelo Sol, mas tem estado a enfraquecer. Missão espacial procurará perceber o que se passa com o campo magnético do nosso planeta.

Imagem artística de um satélite Swarm
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Imagem artística de um satélite Swarm P. CARRIL/AFP
A missão Swarm é composta por três satélites
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A missão Swarm é composta por três satélites P. CARRIL/AFP

A Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de lançar três satélites para estudar o campo magnético da Terra, numa missão a que chamou Swarm, ou Enxame.

Os três satélites gémeos, com 473 quilos cada um, foram transportados por um foguetão russo Rockot, lançado esta sexta-feira do cosmódromo de Plesetsk, no Noroeste da Rússia e percorrerão órbitas ligeiramente diferentes, para que possam identificar as várias fontes do campo magnético terrestre e cartografar em pormenor as suas variações. A missão custará 230 milhões de euros.

A informação que será recolhida pelo Swarm, ao longo de quatro anos, deverá permitir aos cientistas um aprofundamento do conhecimento sobre a natureza e a evolução do campo magnético que protege a Terra das partículas cósmicas transportadas pelo vento solar e que tem registado um decréscimo de intensidade. Nos últimos tempos, parece estar a enfraquecer consideravelmente, com os cientistas a dizer que enfraqueceu dez a 15% de há 150 anos para cá.

A principal fonte do campo magnético terrestre é genericamente colocada pelos cientistas no núcleo do planeta, de ferro e níquel fundidos, a uma profundidade de cerca de 3000 quilómetros abaixo da superfície. Mas ao magnetismo gerado pelo núcleo juntam-se outras fontes mais fracas, que contribuem também para a constituição do campo magnético projectado pela Terra, fontes como rochas magnetizadas existentes na crosta terrestre ou as camadas exteriores da atmosfera – a ionosfera e a magnetosfera –, que são electricamente estimuladas por radiações provenientes do Sol.

Além do aprofundamento do conhecimento científico, a informação recolhida pelo Swarm poderá, segundo a ESA, ter utilização mais imediata em aplicações como cartas da aviação civil e bússolas para os smartphones.
 
 
 

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