Príncipe confundido com assaltantes nos jardins do palácio de Buckingham

Scotland Yard pediu desculpa pelo pedido de identificação feito a Andrew, segundo filho da rainha Isabel.

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O príncipe Andrew diz-se "grato" pelo "trabalho difícil" da polícia LEON NEAL/AFP

A tentativa de assalto ao palácio de Buckingham, há uma semana, fez subir a tensão entre os agentes da polícia londrina destacados para proteger a residência oficial da família real na capital britânica. Prova disso mesmo é a confusão que ocorreu na quarta-feira nos jardins do palácio, onde dois agentes da Scotland Yard pediram ao príncipe Andrew que se identificasse.

Nascido ali mesmo, em Buckingham, há 53 anos, Andrew estava a dar um passeio quando foi interpelado. Eram seis da tarde e o príncipe, segundo filho da rainha Isabel, com o título de duque de Iorque, tinha regressado há pouco de um evento empresarial no centro de Londres.

Os media britânicos deram conta do acontecimento no sábado, três dias depois. Como consequência, a Scotland Yard apresentou um pedido de desculpas público pela confusão dos seus agentes, confirmando, “com a autorização de Sua Alteza Real”, que o homem a quem interromperam o passeio nos jardins do palácio era de facto Andrew.

“A polícia tem um trabalho difícil, fazendo o equilíbrio entre a segurança da família real e a dissuasão de intrusos, e por vezes erram”, reagiu o príncipe, numa comunicado. “Estou grato pelo pedido de desculpas e estou ansioso por caminhar em segurança no jardim no futuro.”

A polícia agradeceu, por sua vez, a “compreensão” do duque de Iorque e por este este “ter desculpado por qualquer inconveniente causado”. E acrescentou, contrariando alguns relatos veiculados durante o fim-de-semana, que não foram apontadas quaisquer armas a Andrew. Ainda assim, as “circunstâncias específicas” do incidente estão a ser analisadas.

Dois dias antes, na segunda-feira, um homem tinha sido apanhado em Buckingham depois de ter saltado a vedação. O suspeito foi detido e acusado de invasão, assalto e danos de natureza criminal. Um segundo homem foi mais tarde detido, fora do palácio, suspeito de cumplicidade na tentativa de assalto. Nenhum elemento da família real estava então no palácio.

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