Prémio do Mar Rei D. Carlos para livro sobre algas portuguesas

Obra tem ilustrações científicas de cerca de 100 espécies e pode ser usada como guia de identificação, para quem passeie pela orla costeira.

Foto
Ilustração científica da alga Undaria pinnatifida Fernando Correia

Os biólogos Leonel Pereira e Fernando Correia ganharam o Prémio do Mar Rei D. Carlos de 2012, com um trabalho sobre as macroalgas marinhas da costa portuguesa, desde a continental até às dos Açores e da Madeira. Atribuído pela Câmara Municipal de Cascais desde 1995 para reconhecer trabalhos científicos dedicados ao mar, o prémio, de 2500 euros, inclui ainda a publicação do trabalho em livro, numa edição de 2500 exemplares.

Em Macroalgas Marinhas da Costa Portuguesa – Biodiversidade, Ecologia e Utilizações, Leonel Pereira, da Universidade de Coimbra e editor-chefe do Portal Português das Macroalgas, e Fernando Correia, da Universidade de Aveiro, dão atenção a vários aspectos do mundo das algas. Desde o que são, como se reproduzem, como se faz um algário, até às suas principais utilizações, nas indústrias farmacêutica, cosmética e alimentar.

Das algas extraem-se compostos antivíricos e antibacterianos, por exemplo. Também se usam como fertilizantes dos solos. Na indústria alimentar, estão em força através dos seus compostos, por exemplo como espessantes. “Come-se um queijo e está-se a comer algas. Come-se um gelado ou gelatina e está-se a comer algas”, nota Fernando Correia, também ilustrador científico que coordena o curso de Formação em Ilustração Científica da Universidade de Aveiro.

“Este trabalho foi já pensado para a divulgação científica. Tem muito conteúdo científico, mas numa linguagem acessível, para que as pessoas possam entender”, sublinha Fernando Correia.

Para tal, a obra contém ilustrações de cerca de 100 espécies de algas, trabalho que teve também o contributo dos alunos do curso de Formação em Ilustração Científica. “Tem um guia iconográfico com as nossas algas. Se se for passear para a orla costeira, através das descrições na obra, pode-se identificar as espécies.”

 

 
 

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