Berlim recebe retrospectiva do cineasta Sandro Aguilar

Obras do jovem realizador apresentadas nas próximas quinta e sexta-feira em Berlim, no Instituto Arsenal, em parceria com a Cinemateca da capital alemã

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Enric Vives-Rubio

Uma retrospectiva do cineasta português Sandro Aguilar é apresentada nas próximas quinta e sexta-feira em Berlim, no Instituto Arsenal, em parceria com a Cinemateca da capital alemã, divulgou esta segunda-feira a produtora O Som e a Fúria.


Em Berlim serão apresentadas seis curtas-metragens de Aguilar, entre elas, “Sinais de Serenidade por Coisas sem Sentido”, que estreou em maio passado em Lisboa, e conta, entre outros, com os desempenhos de Isabel Abreu e Albano Jerónimo, e a longa-metragem “A Zona”, de 2008.


O filme “A Zona” tem argumento, montagem e realização de Sandro Aguilar, e o elenco integra os actores Isabel Abreu, António Pedroso, Gustavo Sumpta, Cátia Afonso e Tiago Barbosa, entre outros. A película foi apresentada em vários festivais, nomeadamente no Indielisboa, em Locarno, Reiquejavique, Madrid e em Londres, onde recebeu aplausos da crítica britânica.

Uma obra "estranha e elíptica" 

O jornal "The Times" qualificou a primeira longa-metragem de Aguilar como “estranha e elíptica” e que “é muito mais do que a promessa que [o cineasta] foi revelando nas suas curtas-metragens”. O jornal, depois de fazer referências a cineastas como João César Monteiro, terminou a crítica afirmando que “Aguilar vale por si mesmo e, pelos vistos, parece destinado a tornar-se um dos maiores talentos de Portugal”.


A lista de exibições na capital federal alemã é completada com as curtas-metragens “Mercúrio” (2010), “Voodoo” (2010), “Arquivo” (2007), “Remains” (2002) e “Corpo e Meio” (2001).


Sobre os filmes de Sandro Aguilar, o Arsenal — Institut für Film und Videokunst afirma no seu sítio na Internet, que são como “microficções, idiossincraticamente narradas, caracterizadas por planos cuidadosamente compostos, com um trabalho de luz virtuoso, imagens desfocadas e reflexos, e um desenho de som elaborado” que propõem ao espectador “um universo escuro e misterioso”.


Sandro Aguilar, de 39 anos, depois de concluir em 1997 o curso de Cinema na área de Montagem, na Escola Superior de Teatro e Cinema, de Lisboa, fundou em 1998 a produtora O Som e a Fúria.


Segundo a O Som e a Fúria, os filmes de Aguilar foram já distinguidos em diversos festivais, nomeadamente em Veneza, Gijón, em Espanha, em Oberhausen, na Alemanha, e em Vila do Conde.


Antes de Berlim, onde Sandro Aguilar está a realizar uma residência artística, o cineasta foi alvo de retrospectivas nos festivais internacionais de Buenos Aires e Roterdão (nos Países Baixos).

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