Grécia sob pressão para cumprir compromissos com a troika

Reunião dos ministros das Finanças na segunda-feira vai ter Atenas como ponto fulcral.

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FMI terá ameaçado suspender pagamentos a Atenas Yannis Behrakis/Reuters

Com a crise política e críticas à incapacidade para reestruturar o sector público, a pressão sobre Atenas é cada vez maior.

Os ministros das finanças dos países do euro reúnem-se a 8 de Julho com a situação da Grécia em cima da mesa. A Reuters, citando fontes de Bruxelas, diz mesmo que Atenas terá três dias para assegurar aos seus financiadores que vai ser capaz de cumprir os compromissos que assinou quando pediu ajuda internacional. A agência acrescenta que o governo grego terá de provar o seu empenho antes da reunião do Eurogrupo agendada para segunda-feira.

Contudo, o porta-voz para os Assuntos Económicos e Financeiros, Simon O’Connor, já veio desmentir a existência de qualquer prazo. “Não é verdade. A única coisa que é verdade é que o Eurogrupo terá de tomar decisões ou chegar a um acordo político na segunda-feira”, disse durante a conferência de imprensa diária do executivo comunitário, citado pela Lusa.

A próxima tranche de 8,1 mil milhões de euros estará dependente dos esforços de Atenas, que tarda em cumprir as reformas da administração pública e as alterações fiscais previstas. Ainda recentemente, o Financial Times avançava que o Fundo Monetário Internacional estaria a preparar a suspensão da ajuda financeira à Grécia no final de Julho. A ameaça surgiu numa altura em que derrapam os prazos para cumprir os programas de privatizações acordados com a troika no final do ano passado.

O encerramento da radiotelevisão pública ERT e a consequente cisão no governo voltou a levar a crise política à Grécia, que tarda em conseguir sair da crise.

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