Portugal devia apostar na mão-de-obra qualificada, defendem empresários

Os resultados do Barómetro Kaizen deste trimestre indicam que os empresários portugueses defendem o desenvolvimento da mão-de-obra qualificada.

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O Presidente defendeu que se os casos de sucesso fossem divulgados pela televisão, haveria mais empresários a investir e a inovar Luís Filipe Catarino/Presidência da República

Os 64 empresários que responderam à última edição do Barómetro Kaizen defendem que a mão-de-obra qualificada é a chave para estimular a economia.

O Barómetro Kaizen, que integra 94 empresários de empresas como Amorim, Galp Energia, Sonae, Volkswagen Autoeuropa, Efacec, Caixa Geral de Depósitos, entre outras, é um inquérito trimestral que permite avaliar a evolução de vários itens da economia portuguesa. Uma das perguntas constitui uma avaliação quantitativa da economia, que neste trimestre foi negativa. De uma escala de 0 a 20, os empresários deram à conjuntura económica actual uma nota de 9.

Quanto à estratégia que o país deve seguir, a maior parte dos inqueridos defende que se deve apostar na mão-de-obra qualificada em vez dos salários baixos. 8% acreditam na estratégia da mão-de-obra qualificada, porque estimula o consumo interno. Outros 44% acreditam que a mão-de-obra qualificada atrai investimento estrangeiro. Apenas 13% acreditam que os salários baixos se adequam aos níveis de produtividade nacional e só 6% acham que os salários baixos atrairão investimento estrangeiro.

Relativamente às medidas fiscais que poderiam ser mais estimulantes para a economia portuguesa, grande parte dos empresários apostaria no corte dos impostos. Mais de metade dos inquiridos propõem uma redução do IRS para estimular o consumo interno. Já 69% acham que um corte no IVA estimularia o consumo interno. A esmagadora maioria – 73% – sugere uma redução do IRC, de modo a estimular o investimento.

Em relação à situação em Chipre, o painel unanimemente acredita que a crise bancária provocará uma quebra de confiança no sistema bancário nacional. 

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