Ana Avoila: “Vamos apelar para que ninguém rescinda!”

Haverá manifestação nesta sexta-feira em Lisboa, da Avenida da Liberdade até ao Ministério das Finanças.

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Sindicato liderado por Ana Avoila fala em "roubo" nas pensões Enric Vives-Rubio

A Frente Comum (da CGTP), que tem uma manifestação agendada para esta tarde em Lisboa, rejeita o programa de rescisões amigáveis que o Governo está a preparar e apela aos trabalhadores para que não aceitem qualquer proposta.

“Vamos apelar aos trabalhadores para que ninguém rescinda e para que salvaguardem os seus postos de trabalho”, reagiu a dirigente da Frente Comum Ana Avoila.

A coordenadora da estrutura alerta que os vencimentos são reduzidos e que o limite máximo das indemnizações (48.500 euros) “é uma miséria” do ponto de vista dos trabalhadores que ao saírem “dificilmente conseguirão voltar a encontrar trabalho”.

Ana Avoila receia que os organismos públicos promovam a extinção de postos de trabalho e depois “usem a coacção junto dos trabalhadores para que aceitem as rescisões amigáveis”. “Esperemos que os trabalhadores não vão nessa conversa.”

Este é um dos motes para a manifestação que já estava marcada para esta-sexta-feira, em reacção ao estudo sobre as funções do Estado elaborado por técnicos do Fundo Monetário Internacional e aos cortes previsto no Orçamento do Estado.

A partir das 15h, os trabalhadores vão desfilar pela Avenida da Liberdade, em Lisboa, até ao Ministério das Finanças. “Vamos exigir a demissão do Governo [e] reagir contra o caminho para o abismo para onde o Governo nos está a conduzir com mais austeridade, mais recessão e um desemprego próximo dos 19%”, realçou a sindicalista.

Esta manhã, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, anunciou que o Governo está a preparar um “programa de rescisões por mútuo acordo” na função pública. Este programa, precisou, contribuirá para as poupanças de 500 milhões de euros que se espera alcançar em 2013, para além da redução na despesa já prevista no Orçamento do Estado. Outra parte virá de cortes sectoriais nos ministérios.

O Governo não adiantou como irá financiar este programa, quantos funcionários abrangerá e que áreas.
 

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